PRECARIEDADE

Problemas no Terminal Rodoviário preocupam seus frequentadores

O temor de acidentes tem sido maior após desmoronamento do teto do Ginásio Castelinho; goteiras no telhado têm gerado alagamentos em diversos pontos do terminal

MONALISA BENAVENUTO / O ESTADO

Atualizada em 11/10/2022 às 12h26

Problemas estruturais na cobertura do Terminal Rodoviário de São Luís têm causado goteiras e alagamentos no espaço onde, diariamente, centenas de pessoas circulam, entre comerciantes e usuários do serviço. De acordo com a denúncia feita por empresários e funcionários dos diversos setores que atuam no local, apenas pinturas de grades e pequenos reparos são feitos constantemente. No entanto, durante os últimos 20 anos, nenhuma obra de revitalização foi realizada no terminal. Segundo a administração da rodoviária, equipes da Secretaria de Estado da Infraestrutura estiveram no local na manhã de quinta-feira (7) e ontem (8) para avaliar a situação.

Após o desabamento do teto do Ginásio Castelinho, na última quarta-feira (6), o temor de quem trabalha e frequenta o Terminal Rodoviário de São Luís é de que algo semelhante ocorra no local. Isto porque, em dias de chuva, além de ficar acumulada na estrutura do telhado, a água escoa pelas colunas e outras estruturas, causando alagamentos em todo o espaço, como contou a comerciante Maria Irene Ribeiro, que atua no local há 21 anos. Segundo ela, os lojistas pagam taxas que variam, em média, de R$ 247,00 a R$ 525,00, mas ainda assim sofrem pela falta de assistência.

“O telhado está cheio de goteiras, a água que desce entra nas lojas e ainda estraga os produtos delas. Nos caixas eletrônicos, que ficam rodeados pela água, as pessoas têm medo de receber descargas elétricas. Além disso, quando a chuva é mais intensa, entra no sistema elétrico, danifica a fiação e acaba deixando os boxes sem energia. Aí, o comerciante tem de tirar dinheiro do bolso para resolver o problema. Mas o que a gente queria mesmo era um serviço concreto, para que não aconteça a mesma coisa que no Castelinho”, reivindicou.

Para o taxista Olegário Carvalho, que há oito anos trabalha no transporte de passageiros que chegam e saem da rodoviária, o espaço está “jogado às traças” e, constantemente, os problemas são motivo de reclamações feitas por usuários. “A gente escuta muita coisa, principalmente em dias de chuva. Tem passageiro que chega com as malas molhadas no carro, tem gente que se machuca porque escorrega, mas a gente não pode fazer nada”, lamentou. Já o usuário Márcio Silva teme que uma medida efetiva seja tomada após a ocorrência de algo mais grave. “Lá no Castelinho, o teto precisou cair para haver uma licitação e resolver o problema”, lembrou.

O Estado contatou Ricardo Medeiros, administrador do terminal, que na manhã de sexta-feira (8) recebeu técnicos da Sinfra após a averiguação dos problemas, feita pela Defesa Civil, mas, segundo ele, não foi informado sobre os serviços que serão realizados. “A Defesa Civil veio ontem (quinta-feira) e solicitou uma inspeção na estrutura, que já estamos providenciando. A Sinfra veio ontem e hoje (sexta) verificar como estava a estrutura. Parece que vão fazer algum reparo pontual”, contou.

A Secretaria de Estado de Infraestrutura (Sinfra) foi procurada e informou que nos próximos dias adotará medidas preliminares, de modo a garantir a segurança do local, bem como a realização de um diagnóstico para as intervenções necessárias. Após essas medidas, a pasta deve levantar orçamento e recursos para realização da reforma no local.

Leia outras notícias em Imirante.com. Siga, também, o Imirante nas redes sociais Twitter, Instagram, TikTok e canal no Whatsapp. Curta nossa página no Facebook e Youtube. Envie informações à Redação do Portal por meio do Whatsapp pelo telefone (98) 99209-2383.