Artigo

Mandriões é que não faltam

Atualizada em 11/10/2022 às 12h26

Não me lembro de nenhum cientista social que tenha previsto com segurança e certeza, para o século XXI, a catástrofe que já começou a ocorrer quanto à sorte do Ocidente. Ou seja, nenhum deles previu que o Ocidente seria conquistado ou implodido, em todas as potências, sem que fosse disparado um tiro sequer ou desembarcado um só fuzileiro nas democracias ocidentais para fazer valer uma ocupação militar.

Para chegar a essa constatação é preciso que o leitor tenha uma visão abrangente do fenômeno maior das linhas de força em jogo hoje, que emulem pela dominação mundial. Em resumo, o que temos é a civilização das democracias capitalistas, de um lado, em clara atitude defensiva, sob o ataque inclemente das forças que promanam do outro hemisfério, o asiático ou oriental.

O veículo para essa dominação indolor, descobriram os estrategistas (contra o Ocidente), seria uma coisa chamada ondas migratórias, forma emoliente e moralmente isenta de crítica. Com a vantagem de ser aplicada de forma lenta e imperceptível, mas em caráter irreversível, no corpo social ocidental. Este, coitado, não tem se dado conta do perigo, e em evidente atitude suicida, a cada dia alimenta, sem restrições, mais e mais benesses e garantias em prol de uma multidão de emigrantes que deixaram suas terras de origem na certeza de terem ao fim da jornada - a custo zero - casa, comida e roupa lavada. O paraíso na terra, enfim.

Mas essa prática humanitária e de caridade cristã, de inegável cunho moral, não há negar, programática que era no início e que depois se transformou em política obrigatória, tem evidentemente um custo financeiro para os Tesouros ocidentais. Afiançam as estatísticas que hoje, no Reino Unido, mais da metade dos recursos orçamentários estão comprometidos com programas sociais destinados a prover alimentação, transporte e abrigo - lazer também, por que não! - aos nossos irmãozinhos asiáticos.

Nada se teria a obstar se essa ajuda, inocente nas primícias, não estivesse sendo orientada para manter verdadeiros enclaves populacionais dentro do corpo que lhes deu abrigo e proteção. Em Londres, como em Paris, existem bairros inteiros de emigrados nos quais nem a própria polícia tem acesso.

Em resumo, depois do reino dos mandriões, temos agora a república dos que não trabalham até porque o contribuinte, prestimoso e diligente, dedicará um dia de trabalho sim, outro não (este dedicado à política social do governo) para que o Ocidente não perca o título de protetor universal dos desvalidos.

Mas cá no Brasil estamos a desempenhar papel equivalente desde quando foram instituídos os Fundos Partidário e Eleitoral, que se medem por bilhões.

Criou-se no Brasil essa estrovenga para permitir que dinheiro público seja destinado, à folgança, para custear despesas particulares dos senhores políticos e candidaturas. Uma indecência.

O pior é que, para esse Carnaval, todos estão de acordo: partidos políticos, mídia e o... STF.

Mandriões é que não faltam, aqui e d’além mar, para mamar de graça nas tetas públicas.

Pedro Leonel

Advogado

E-mail: plpcadv@gmail.com

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