Editorial

Esporte, outra vítima do comunismo

Atualizada em 11/10/2022 às 12h26

O desabamento da cobertura do Ginásio Georgiana Pflueger, mais conhecido como Castelinho, que integra o Complexo Esportivo Canhoteiro, no Outeiro da Cruz, escancarou o descaso do governo Flávio Dino (PCdoB) também com o esporte. Com o Maranhão sob o mando comunista nos últimos quatro anos, não são só a saúde, a segurança pública, a educação, a infraestrutura e outras áreas da administração pública estadual que funcionam aquém das necessidades do povo. Atletas, treinadores, dirigentes e o público que aprecia o desporto também vivem um período obscuro, marcado por extremo descaso, com falta de investimentos até em ações básicas, como manutenção de prédios. O resultado de tanta negligência é a depreciação das praças esportivas, algo que ficou ainda mais evidente após a queda do teto do maior ginásio poliesportivo do estado.

Para alívio geral, o desastre não deixou vítimas. O time do Sampaio Basquete, que até anteontem vinha treinando no Castelinho, e manteria a programação preparatória no ginásio, visando à estreia na Liga de Basquete Feminino (LBF), no próximo dia 9, estava de folga na Quarta-Feira de Cinzas. Servidores públicos lotados no Castelinho também não trabalharam ontem, devido ao ponto facultativo pós-Carnaval. Com o desabamento e a interdição do prédio, o Sampaio Basquete foi obrigado a mudar radicalmente seus planos para a competição nacional. A equipe mandaria seus jogos no campeonato no mesmo local dos treinos, mas teve que transferir as partidas para o Ginásio Costa Rodrigues, no Centro, onde a capacidade de público é cinco vezes menor.

Em dezembro do ano passado, o governo estadual chegou a anunciar a revitalização do Complexo Canhoteiro. Em um texto curto e vago, o autor divulgou que seriam construídas arquibancada nas quadras em torno do Castelão, duas quadras poliesportivas e escadas de acesso às quadras. Ainda de acordo com o informe oficial, seriam realizadas adequações e revitalizações nas áreas já construídas no complexo, reforma da quadra de beach soccer e da quadra poliesportiva. Sobre uma possível e necessária intervenção física no Castelinho, nenhuma informação precisa.

Passados três meses desde o anúncio, período em que a Secretaria de Estado de Desportos e Lazer (Sedel) amargou corte orçamentário e teve seu então titular, Hewerton Pereira, substituído pelo ex-deputado estadual Rogério Cafeteira, não há qualquer confirmação de que alguma das obras propaladas foi, de fato, executada. A propósito, a troca de comando foi a reafirmação de que Flávio Dino não dá a devida importância ao esporte. Precisando de um espaço em sua gestão para acomodar Cafeteira, ex-líder do governo na Assembleia Legislativa, que não foi reeleito, o comunista o nomeou justamente para a Sedel, como prêmio de consolação.

O arruinamento do Castelinho remete a outro episódio envolvendo uma praça esportiva em São Luís, ocorrido em um passado não muito distante. A maioria da população lembra da demolição total do Ginásio Costa Rodrigues, caso nebuloso ocorrido na gestão do falecido ex-governador Jackson Lago. O secretário de Estado de Esportes e Juventude da época era o atual senador Weverton Rocha (PDT), que até hoje não conseguiu se livrar do processo que responde no Supremo Tribunal Federal (STF) pelos crimes de violação à Lei de Licitações e peculato por suposto desvio da verba de R$ 5,3 milhões destinada à reforma do ginásio, o mais tradicional templo do esporte amador da capital maranhense.

Se Weverton errou pelas múltiplas irregularidades a ele atribuídas, Flávio Dino peca por sua grave omissão. Sem qualquer identificação com o esporte, o governador comunista relegou ao mais completo abandono não só o Castelinho, mas vários outros espaços públicos destinados à prática do futebol, futsal, voleibol, basquete, natação e outras modalidades. Entre tantos traços em comum, os dois homens mais poderosos da política do Maranhão no presente compartilham mais essa afinidade.

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