COLUNA SOCIAL

Pergentino Holanda

Atualizada em 11/10/2022 às 12h26
LYCIA Waquim vestiu-se de espanhola e integrou um animado grupo de foliões de Caxias no Almoço de Carnaval do PH Revista, o maior e mais elegante evento da folia pré-carnavalesca maranhense deste ano
LYCIA Waquim vestiu-se de espanhola e integrou um animado grupo de foliões de Caxias no Almoço de Carnaval do PH Revista, o maior e mais elegante evento da folia pré-carnavalesca maranhense deste ano
MICHELINNE e Anderson Bentes de Sousa são dos mais assíduos foliões do Almoço do PH Revista
MICHELINNE e Anderson Bentes de Sousa são dos mais assíduos foliões do Almoço do PH Revista
NESTE Carnaval, Juninho Luang e Surama de Castro se dividiram entre o Almoço do PH Revista, onde encontraram a amiga Soraya Gonçalves, o desfile da Tatuapé, em São Paulo, e os eventos badalados do Rio de Janeiro
NESTE Carnaval, Juninho Luang e Surama de Castro se dividiram entre o Almoço do PH Revista, onde encontraram a amiga Soraya Gonçalves, o desfile da Tatuapé, em São Paulo, e os eventos badalados do Rio de Janeiro

Recomeço
De uns tempos para cá, após o almoço em clima de folia que realizo há 30 anos, sempre uma semana antes do reinado de Momo, o Carnaval passou a ser apenas um feriadão que define o começo de um calendário que exige mais comprometimento dos viventes.
É claro que nem sempre foi assim. Quando eu era mais jovem e tinha mais fôlego para a folia, amava os blocos de rua, as marchinhas, a permissividade geral e ter esse limite de “fim das férias” muito bem estipulado.
Em tempos não muito distantes, passado o Carnaval recomeçava a chatice, a rotina e entrávamos em contagem regressiva para a Páscoa. Que significava esquecer um pouco da escola, ou da faculdade e da vida na cidade.
Hoje, o Carnaval é viagem, trânsito, bicicleta, vinho, cerveja, uísque, vodca e mais trânsito na volta. Estou naquele misto de inveja e incompreensão por quem vive a esperar tal data.
De minha parte, que pouco aproveitei o reinado de Momo este ano, entendo o ponto de vista de um folião e sugiro: que tal diluir a brincadeira do entrudo no calendário do ano todo, reduzindo a seriedade e se permitindo fantasias e brincadeiras de janeiro a dezembro?

Mãos à obra
O enterro de Arthur, neto de Lula, apresentou, mais uma vez, o Brasil a ele mesmo. A preguiça intelectual é hoje nosso maior desafio. Parece que só existem dois rótulos.
A cartilha da estupidez nacional exige que cada um escolha o seu: sou isso ou sou aquilo.
Ao optar, tudo o que for do meu lado é certo e do outro, errado.

Ponte interrompida
A propósito: nesse triste episódio, o que se viu foi a apoteose da insanidade. De ambos os lados.
A blogueira que celebrou a morte da criança perdeu até mesmo o seu senso de humanidade.
Aí, vem o outro lado tentar dizer que quem não defende Lula é igual a ela. Inundam as redes sociais com memes e frases de efeito. A gente pode e deve discordar.
O que a gente não pode é esquecer que algo mais importante nos une.
Essa ponte interrompida pelas bolhas de internet precisa de restauração urgente.

Desperdício
Apesar de ser dona de um prédio de 10 andares, a Funasa aluga um imóvel de três pavimentos por R$ 1,136 milhão por mês em Brasília.
O presidente da fundação, Ronaldo Nogueira, já avisou aos ministros Henrique Mandetta e Onyx Lorezoni que vai voltar para a antiga sede e devolver o edifício alugado.
– “Precisamos investir em saneamento. Tem muita criança que não conhece nem vaso sanitário” – pontuou.

Mulheres no turismo
Mais de uma centena de executivas ligadas à área de turismo têm encontro marcado em Gramado, no Rio Grande do Sul, de 1º a 5 de abril, para discutir seu papel numa área em que são maioria: 55,68% no Brasil, segundo pesquisa da Catho.
Na Serra, proprietárias de agências, hotéis e empreendimentos turísticos em geral de sete países (Argentina, Brasil, Chile, Colômbia, Espanha, Paraguai e Peru) se reúnem na Junta Fiaseet (Federação Internacional de Associações de Executivas de Empresas Turísticas), no Hotel Alpestre, para troca de experiências.

Perigo do fogo amigo
Colunista política de grande prestígio na imprensa do Sul do país, Rosane de Oliveira dissecou com precisão cirúrgica a mania de autoflagelação do governo Bolsonaro: “Com as estripulias que faz o sexteto formado pelos três ‘filhos desgovernados’, mais os dois ministros do ‘estoque’ de Olavo de Carvalho - Ernesto Araújo infernizando o Itamaraty e Vélez Rodríguez colecionando cartões amarelos na Educação - e a folclórica pastora Damares, não precisa de oposição.

TRIVIAL VARIADO
Os foliões que optaram pelo Carnaval da Oak Wine não se arrependeram. Foram noitadas tranquilas, com música dos velhos carnavais e gente de charme circulando. Pena que a maioria das pessoas já não se interessa muito pela poesia e beleza dos bailes de salão.

Confirmado para o próximo dia 16, em São Paulo, o primeiro Encontro da União Nacional dos Estudantes Conservadores. Haverá palestra do deputado estadual Douglas Garcia (PSL-SP) e sorteios do livro "A verdade sufocada", do torturador Carlos Brilhante Ustra.

Ao contrário do que fizeram muitos políticos diante da morte de Arthur, neto do ex-presidente Lula, ao tomar conhecimento do falecimento do pai do presidente argentino Maurício Macri, Cristina Kirchner, ex-presidente e sua principal adversária política, enviou pesares e condolências à família.

A propósito: no gesto de Cristina, uma mensagem de civilidade, compaixão e respeito. Exemplo para brasileiros que tripudiam sobre a dor dos seus semelhantes. Tristeza e vergonha.

Teresa Martins deixou só assentar a poeira provocada pela grande agitação em torno do Almoço do PH Revista e foi rever amigos em Brasília, onde deve permanecer até domingo.

DE RELANCE

As cinzas do Carnaval
O clamor por mudanças não pode estar circunscrito à classe política, mas deve ser inspiração para o cotidiano de todos nós. A maior festa popular brasileira merece ser marcada apenas pela alegria e pela criatividade. Para tanto, não basta torcer pela redução das notícias sobre violência e sobre acidentes nas estradas. Mais do que uma questão de fiscalização, a segurança no feriado é uma responsabilidade de cada um de nós.

As cinzas do Carnaval 2
Temos que reconhecer que nossas estradas mal sinalizadas e com engenharia deficiente são um desafio extra no momento em que milhares de pessoas as utilizam para um merecido período de celebração ou de descanso. Se a combinação de álcool e direção for reprimida e evitada, certamente teremos manchetes mais leves e construtivas na Quarta-Feira de Cinzas.

As cinzas do Carnaval 3
Vale o mesmo para a venda de bebidas alcoólicas para menores de idade e para atitudes que possam configurar assédio contra qualquer indivíduo. Além de ilegais, tais práticas são incompatíveis com a expectativa de elevação ética revelada pelas urnas nas eleições passadas. O clamor por mudanças não pode estar circunscrito à classe política, mas deve ser inspiração para o cotidiano de todos nós.

As cinzas do Carnaval 4
O Carnaval não é um evento exclusivo de uma minoria social ou étnica, porque se confunde com a própria definição da identidade brasileira. Por isso, merece ser preservado e respeitado, assim como é feito com outras datas do calendário de festas e eventos nacionais. A redução drástica do investimento público nos desfiles e nas escolas de samba, em um contexto de cofres raspados, é um obstáculo extra, mas nem por isso intransponível.

As cinzas do Carnaval 5
Também é fundamental que o direito à diversão de muitos não atropele as normas básicas de conduta em espaços urbanos compartilhados. O Carnaval de rua, tradição que se renovou nos últimos anos em várias cidades maranhenses, é um teste para a civilidade de todos os envolvidos.

As cinzas do Carnaval 6
Há necessidade de regras e de respeito aos horários de silêncio em regiões densamente habitadas. Cabe às autoridades uma presença ostensiva em regiões de grande concentração, dando segurança à maioria que deseja se divertir em paz. Tolerância e empatia são palavras-chave nesse contexto.

As cinzas do Carnaval 7
Até chegar esta Quarta-feira de Cinzas, quase tudo ficou parado. Reforma da Previdência, privatizações, projetos polêmicos. Vale também o reconhecimento aos que estiveram trabalhando: policiais, salva-vidas, médicos, garçons, garis, jornalistas, motoristas e todos os profissionais necessários em uma sociedade estruturada.

As cinzas do Carnaval 8
Passado mais um Carnaval, devemos todos empenhar esforços para que, nesta quarta-feira, acordemos todos com apenas boas lembranças da festa e com ânimo renovado para encarar um ano de grandes desafios.

Para escrever na pedra:
“A vida é um ‘Carnaval’; pena que de vez em ‘sempre’ algumas máscaras caem...” De Paula Liron.

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