Lava Jato

Ministro do STF arquiva inquérito contra ex-ministro Edison Lobão

Edson Fachin, relator da Lava Jato no STF, atendeu o pedido da Procuradoria-Geral da República para que a investigação fosse arquivada por não haver elementos suficientes para manter a ação contra o ex-ministro

Atualizada em 11/10/2022 às 12h26
Ministro da Lava Jato no Supremo Tribunal Federal, Edson Fachin, disse que não há provas contra Lobão
Ministro da Lava Jato no Supremo Tribunal Federal, Edson Fachin, disse que não há provas contra Lobão (Edson Fachin e Roberto Barroso)

brasília

O ministro Edson Fachin, relator da Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF), atendeu a um pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR) e arquivou na quarta-feira, 20, um inquérito que tramitava na Corte contra o ex-senador Edison Lobão (MDB-MA).
No processo, Lobão era investigado pelo suposto recebimento de R$ 5,5 milhões da Odebrecht para interferir nas obras da Usina Hidrelétrica de Jirau, no Rio Madeira, em Rondônia. O inquérito havia sido aberto por Fachin em abril de 2017, com base nas delações de executivos e ex-executivos da empreiteira. Quase dois anos depois, no entanto, a PGR pediu o arquivamento do caso por ausência de elementos necessários para se oferecer denúncia contra o ex-senador.
Segundo delação, os repasses a Lobão teriam sido implementados tanto pelo Setor de Operações Estruturadas – no qual Lobão, então Ministro de Minas e Energia, seria identificado como “Esquálido” –, como também pela entrega de valores em espécie na residência do filho do investigado.

Sem provas
De acordo com a PGR, o único elemento que ia ao encontro do que foi narrado pelos delatores foi um laudo de perícia criminal contábil financeira, onde foram identificados registros de pagamentos vinculados a “esquálido”, nos anos de 2008 e 2010, “em razão das obras/centros de custos EVENTO-10-CP/07/10 e Projeto Madeira”. Para a PGR isto não é elemento suficiente para a continuidade da ação.
Ao atender ao pedido da procuradoria, Fachin destacou que, caso surjam novos elementos, o inquérito poderá ser desarquivado. “Destaco que a determinação de arquivamento, atendida em razão da ausência de provas suficientes de prática delitiva, não impede a retomada das apurações caso futuramente surjam novas evidências”, disse.

Lava Jato: outros denunciados

Entre os denunciados estão os senadores Renan Calheiros e Jader Barbalho, o ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado, e os ex-senadores José Sarney, Valdir Raupp e Romero Jucá, além de Lobão.

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