Entreposto

Estado tem potencial para coleta de óleo lubrificante

Lwart Lubrificantes, líder na América Latina, e que capta mais de 160 milhões de litros/ano de óleo usado, estuda abrir entreposto ainda este ano no Maranhão, para reaproveitamento dessa matéria-prima de alto valor agregado

Atualizada em 11/10/2022 às 12h26
Funcionário da Lwart Lubrificantes faz operação de extração de óleo em caminhão para o processo de rerrefino em planta industrial da empresa
Funcionário da Lwart Lubrificantes faz operação de extração de óleo em caminhão para o processo de rerrefino em planta industrial da empresa (oleo usado)

No Maranhão, apenas 84 dos 217 municípios realizam a coleta legalizada do óleo lubrificante usa­do (OLUC), segundo boletim da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), totalizando 4,5 milhões de litros, quando o estado tem potencial para o dobro desse volume. Com isso, essa matéria-pri­ma reaproveitada de alto valor agregado volta ao início da cadeia produtiva, sendo utilizada na produção do óleo lubrificante e retornando ao mercado para consumo.
No Brasil, em 2018, foram coletados aproximadamente 500 milhões de litros de OLUC pelo setor. Para se ter uma ideia do quanto ainda se pode evoluir, em todo o país são vendidos anualmente mais de 1,304 bilhão de litros de óleos lubrificantes. E, destes, apenas 39% são destinados para a coleta e rerrefino.
A região Nordeste tem papel importante neste cenário. Tanto que uma das unidades de rerrefino da empresa está localizada em Feira de Santana, na Bahia. Em seus nove estados, em 2018, foram coletados 64 milhões de litros, em mais de 1.000 municípios.
Única indústria produtora nacional de óleos básicos API Grupo II, a Lwart Lubrificantes capta aproximadamente 160 milhões de litros de óleo lubrificante usado ao ano em mais de 127 mil estabelecimentos (31% de todo o país), o que se transforma em mais de 125 milhões de litros de óleo mineral básico. Para isso, utiliza sua estrutura logística moderna, com 16 Centros de Coleta, localizados estrategicamente no país, e uma frota própria de mais de 320 veículos.
Ao avaliar o potencial do Maranhão, a Lwart Lubrificantes afir­ma que ainda há muito espaço para o aprimoramento do processo de logística reversa no estado e a consequente evolução e conscientização da destinação ambiental adequada, o que contribuirá para a preservação dos recursos naturais e redução dos problemas ambientais.
“O Maranhão é um estado importantíssimo para o país, pois conta com inúmeras paisagens e recursos naturais que devem ser preservados. E também é importante garantir a presença da atividade de coleta do resíduo do óleo, pois esta beleza cênica necessita de proteção e de ações que visem sua manutenção e sustentabilidade ambiental, e isso se fará em conjunto com os maranhenses e as industrias locais”, comenta Manoel Browne, diretor de Relações Institucionais e Sustentabilidade da Lwart Lubrificantes.
Ele informou que a Lwart Lubrificantes analisa o investimento ainda para 2019, referente à instalação de uma filial de entreposto de coleta (logística reversa) do óleo usado no estado do Maranhão.

Valor da reciclagem
A Lwart atua em várias frentes para diminuir o impacto ambiental de sua atividade em prol do planeta: por meio de boas práticas perante aos fornecedores, empregando tecnologia nas sobras do processo para agregar mais valor aos subprodutos e eliminando destinação para aterros industriais.
“Igualmente importante é a redução da emissão de gás carbônico e outros gases de efeito estufa, uma vez que a performance do rerrefino é relevante para o meio ambiente, conforme estudos científicos e relatório da ONU”, ressalta Manoel Browne.
No processo da Lwart, uma tonelada de óleo produzido a partir da reciclagem pelo rerrefino gera 663 kg de CO2, quase sete vezes menos do que os 4.440 kg gerados no processo primário de produção ou quando se utiliza para queima.
Aliás, sobre este ponto, quan­do se realiza a destinação ilegal, não prevista em lei para a reciclagem ao rerrefino, esse resíduo não “aparece” para o Estado. Portanto, gera impactos negativos ao meio ambiente e à saúde humana, além de econômicos, pelo não recolhimento de impostos, com consequente perda na arrecadação de expressiva monta de Imposto so­bre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS).

Logística reversa é realizada há mais de 40 anos pela Lwart Lubrificantes

O processo de logística reversa, praticado e aprimorado há mais de 40 anos pela Lwart Lubrificantes, é essencial para a economia e o meio ambiente, contribuindo diretamente para o crescimento sustentável do país e evitando a contaminação dos recursos naturais. A coleta do óleo lubrificante usado (OLUC) e o rerrefino posterior permitem novamente a produção do óleo mineral básico de alta qualidade, utilizando-se alta tecnologia.
A reciclagem ou rerrefino é essencial também do ponto de vista social, econômico e ético. “A economia está migrando para a prevenção de riscos e do desperdício ou do melhor aproveitamento dos recursos, além do que, temos que pensar seriamente nas gerações futuras”, comenta Manoel Browne, Diretor de Relações Institucionais e Sustentabilidade da Lwart Lubrificantes.
O rerrefino é considerado tecnicamente o destino legal para este resíduo, além de utilidade pública e interesse da coletividade, de acordo com a Política Nacional de Resíduos Sólidos e do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Resolução Nº362/Conama).
Para chegar a este índice, a empresa realizou recentemente um estudo, chamado de Análise de Ciclo de Vida (ACV), regulamentada pela NBR ISO 14040 e NBR ISO 14044. Essa ferramenta permite avaliar os aspectos e impactos ambientais potenciais associados a um processo considerando um inventário com entradas e saídas ao longo de toda a cadeia. “As empresas e setores estão cada vez mais alinhados com a proposta de garantir a sustentabilidade de seus negócios”, avalia Manoel Browne.
“Na natureza nada se perde, tudo se transforma”, dizia Antoine Lavoisier. Assim, a Lwart Lubrificantes é percebida pela destinação e reaproveitamento do óleo recebido: de 100 litros, 72 viram óleo básico; oito de frações de óleo leve, comumente utilizada pelo setor de energia e agricultura; nove são água, que é tratada com rigor e devolvida à natureza, e os outros 11 são subprodutos, que servem de matéria-prima para impermeabilização em outras indústrias.

Leia outras notícias em Imirante.com. Siga, também, o Imirante nas redes sociais Twitter, Instagram, TikTok e canal no Whatsapp. Curta nossa página no Facebook e Youtube. Envie informações à Redação do Portal por meio do Whatsapp pelo telefone (98) 99209-2383.