SÃO LUÍS - A Polícia Civil está investigando casos de corrupção cometidos por funcionários públicos no posto fiscal da Secretaria Estadual da Fazenda, no povoado Pirangi, zona rural de Araioses. Na terça-feira, 19, o auditor-fiscal Francisco Vaz Rego, de 67 anos, lotado nesse posto, foi preso em flagrante por suspeito de ter recebido propina. Ele, que estava a dois meses para se aposentar, foi encaminhado para a Unidade Prisional de Tutoia.
“Há informações de que nessa unidade da Sefaz, além de Vaz Rego, existem outros auditores suspeitos de cometerem esse tipo de crime, que estão sendo investigados”, disse o delegado Raphael Reis, titular de Araioses. Ele informou, ainda, que Vaz Rego é funcionário estadual há mais de quatro décadas e que estaria praticado essas ações ilícitas no local de trabalho há alguns anos.
O delegado explicou que o auditor-fiscal vinha sendo monitorado pela polícia há alguns meses e na noite de terça-feira, 19, flagrado e detido pelos militares. A abordagem ocorreu no momento em que o auditor recebia a quantia de R$ 50,00 para não fiscalizar um veículo carregado de verduras e frutas. Há informações de que uma das vítimas já teria pago mais de cem propinas nesse valor para passar com o seu veículo de carga no posto fiscal da Sefaz para não ser fiscalizado.
Francisco Vaz Rego prestou esclarecimento sobre o caso na delegacia de Tutoia e segundo o delegado, confessou a autoria do delito e foi autuado pelo crime de corrupção passiva majorada que tem como pena oito anos de reclusão e mais pagamento de multa.
Ele também vai ser investigado pela Superintendência de Combate a Corrupção, órgão ligado a Secretaria de Segurança Pública. Foi aberto, ainda, um processo administrativo pela Sefaz, com possibilidade de ele ser excluído da função.
Outra ocorrência
Edgar Siqueira Dourado e Edmilson Pereira da Silva foram presos na tarde de quarta-feira, 20, na cidade de Brejo, acusados de serem integrantes de um bando interestadual especializado em falsificação de documentos e fraudes bancárias. Com eles, a polícia apreendeu impressora, documentos falsos, e um veículo oriundo de Goiás.
A polícia informou que esse grupo é suspeito falsificar documentos de identificação em nome de terceiros que são utilizados para abrir contas bancárias e realizar empréstimos em diversas instituições financeiras no interior.
Também em Brejo, foi preso Walderez da Costa Miranda, que de acordo com a polícia, é um dos responsáveis em receber transferências bancárias fraudulentas. Todos os presos foram autuados pelos crimes de uso de documento falso, associação criminosa e estelionato.
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