Legenda
Ministro da Defesa da Venezuela, Vladimir Padrino, dá entrevista coletiva em Caracas
CARACAS - As Forças Armadas da Venezuela continuarão posicionadas ao longo das fronteiras do país para impedir potenciais violações territoriais, afirmou o ministro da Defesa, Vladimir Padrino, na terça-feira.
Padrino, em declarações transmitidas pela TV estatal, disse que os oficiais e soldados venezuelanos são “obedientes e subordinados” ao presidente Nicolás Maduro, que não é mais reconhecido como chefe de Estado legítimo por 50 países.
O ministro disse que a oposição terá de passar por cima “de nossos cadáveres” para depor Maduro e impor um novo governo.
“Aqueles que tentarem ser presidentes aqui na Venezuela... terão de passar por cima de nossos cadáveres”, disse na TV. Padrino estava se referindo ao líder da oposição, Juan Guaidó, que invocou a Constituição para assumir o posto de presidente interino, denunciando Maduro como ilegítimo.
Ameaça
Em Miami, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump advertiu os militares da Venezuela que permanecem fiéis ao presidente socialista Nicolás Maduro de que eles estão arriscando seu futuro e suas vidas, fazendo um apelo para que autorizem a entrada de auxílio humanitário no país.
Falando a uma multidão animada composta majoritariamente por imigrantes venezuelanos e cubanos em Miami, Trump disse que se os militares venezuelanos continuarem apoiando Maduro, “vocês não encontrarão nenhum porto seguro, nenhuma saída fácil e nenhuma forma de sair. Vocês perderão tudo”.
Trump ofereceu forte apoio ao líder da oposição venezuelana, Juan Guaidó, que Estados Unidos, Brasil e muitos outros países ocidentais têm reconhecido como presidente interino do país.
Mas Maduro, reeleito no ano passado em uma eleição considerada uma farsa por críticos, têm o apoio da Rússia e da China e o controle das instituições estatais venezuelanas, incluindo os serviços de segurança.
Trump advertiu as Forças Armadas da Venezuela a não ferir Guaidó ou outros políticos da oposição, pediu que elas aceitem a oferta de anistia do líder da Assembleia Nacional e exigiu que permitam a entrada de alimentos, medicamentos e outros auxílios no país.
Os Estados Unidos enviaram toneladas de auxílio humanitário que está sendo armazenado na fronteira da Colômbia com a Venezuela, mas Maduro tem se recusado a permitir a entrada dos suprimentos.
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