[e-s001]SÃO JOSÉ DE RIBAMAR – Com faixas e cartazes, moradores do bairro Alto do Turu, localizado no município de São José de Ribamar, na Região Metropolitana de São Luís, reivindicaram estrutura nas vias da região, tomadas pela buraqueira, na manhã de ontem (18). Com pneus, os envolvidos no protesto interditaram a Avenida Nossa Senhora da Vitória e a Avenida 1, principais rotas da região. Segundo a população, a situação, que dura cerca de cinco anos, fica cada vez pior com a chegada do período chuvoso, que causa frequentes alagamentos por falta de galerias para drenagem pluvial.

Além das duas vias interditadas durante o protesto, que aconteceu nas primeiras horas da manhã da segunda-feira (18), os moradores cobravam por todas as outras demais ruas do bairro, que, de acordo com eles, não têm atenção do Município, que não se prontificou a realizar recapeamento asfáltico nem mesmo após incidentes ocorridos no local. “Tem sido muito complicado transitar, e até mesmo morar aqui, nessa região. Falta asfalto, acessibilidade, e a gente, morador, tem sido bastante afetado com essa situação”, declarou a vendedora Nalva Oliveira, 23.

“Quando chove, fica ainda mais complicado, porque ninguém consegue passar por aqui, seja de pé ou de carro. Fica intrafegável. A gente fica completamente à mercê desse problema que já poderia ter sido resolvido, porque afeta a todos, quem mora aqui ou não. A manifestação foi só mais um ato para vermos se dessa vez conseguimos alguma melhoria”, acrescentou Oliveira.

Mais problemas
Para o mototaxista Adailton Aroucha, inúmeras consequências, em decorrência da buraqueira, têm inferido na vida dos moradores do Alto do Turu, a exemplo dos frequentes alagamentos, que alcançam o nível das calçadas dos imóveis residenciais da Avenida Nossa Senhora da Vitória. Ainda segundo ele, a água que se acumula na via, sem ter para onde escoar – e acaba impedindo, também, o tráfego de veículos, como aconteceu no último temporal da madrugada do dia 14 –, chega a medir cerca de meio metro de altura.

“Além dos buracos, que ficam ainda mais caóticos com a chuva, os moradores da Avenida Nossa Senhora da Vitória têm que sofrer com os alagamentos, porque, como a água não tem para onde correr, ela acaba invadindo a casa deles [dos moradores]. Quem passa por aqui, na entrada do bairro, nem imagina a situação das outras ruas, que também estão tomadas pela buraqueira”, contou Aroucha, que disse, ainda, que a situação dura anos. “Tem cerca de cinco anos que a realidade do povo daqui, do Alto do Turu, é essa, de descaso”.

[e-s001]Posicionamento
Em nota, a Prefeitura de São José de Ribamar informou ter o diagnóstico das condições das ruas do bairro Alto do Turu e que tem trabalhado, na medida do possível, para recuperar ruas destruídas e pavimentar novas. Informou também que, atualmente, duas ruas novas estão sendo pavimentadas e, infelizmente, outras 11, que deveriam ser asfaltas na região, tiveram os serviços adiados por conta da reprovação por parte da Câmara Municipal de São José de Ribamar (nove vereadores, em especial) de um financiamento junto à Caixa Econômica Federal, que garantiria a melhoria da infraestrutura de mais de 60 quilômetros de ruas e avenidas no município.

Por fim, a Prefeitura comunicou continuar buscando alternativas para garantir a pavimentação destas e de outras que foram prejudicadas. Além disso, tem feito solicitações ao Governo do Maranhão para a conclusão dos serviços de macrodrenagem e pavimentação na Avenida Nossa Senhora da Vitória, por se tratar de uma via metropolitana que serve aos municípios de São Luís, São José de Ribamar e Paço do Lumiar.

O Estado manteve contato com o Governo do Maranhão para indagar o prazo de término da obra de macrodrenagem, essencial para acabar com os alagamentos da região e saber que medidas estão sendo tomadas para recuperar a estrutura da Avenida Nossa Senhora da Vitória, uma vez que a Prefeitura de São José de Ribamar informou que a via faz a ligação entre os municípios da Região Metropolitana, não sendo de sua responsabilidade. A Secretaria de Estado da Infraestrutura (Sinfra), por sua vez, informou, em nota, que a obra é uma responsabilidade da gestão municipal e que unirá esforços com a Prefeitura da cidade, a fim de garantir o melhoramento do local.

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