Crise

Bolsonaro diz que está determinado em mudar os rumos do Brasil

Presidente usou o Twitter para se pronunciar dentro da crise causada por denúncias envolvendo Gustavo Bebianno, da Secretaria-Geral da Presidência

Atualizada em 11/10/2022 às 12h26
Aliados do governo já estão dando como certo que o presidente Bolsonaro vai demitir Gustavo Bebianno
Aliados do governo já estão dando como certo que o presidente Bolsonaro vai demitir Gustavo Bebianno (Bolsonaro)

brasília

Em meio à expectativa de demissão do ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Gustavo Bebianno, e de possíveis declarações do coordenador da campanha vitoriosa do PSL à Presidência da República que possam comprometer o governo, o presidente Jair Bolsonaro fez uma defesa de sua administração em publicação no Twitter ontem, sem citar Bebianno.
“O sistema não desistirá”, disse Bolsonaro, acrescentando que o governo está determinado a mudar os rumos do país e a “fazer diferente dos anteriores”, a quem culpa pela crise “em todos os sentidos” na qual assumiu o Brasil. “Sabemos da dificuldade que é tentar consertar tudo isso”, disse.
Segundo o presidente, o governo está fiscalizando recursos, diminuindo gastos, propondo endurecimento penal e a reforma da Previdência. “Tudo isso em pouquíssimo tempo. Nossos objetivos são claros: resgatar nossa segurança, fazer a economia crescer novamente e servir a quem realmente manda no país: a população brasileira.”

Esfriar a cabeça
Já o ainda ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Gustavo Bebianno, disse ontem que o momento é de “esfriar a cabeça”. Ele foi abordado por jornalistas no hotel onde mora, em Brasília, quando saía para o almoço. Bebianno deu a declaração diante de perguntas sobre se falaria a respeito de sua eventual demissão do cargo.
“Agora é hora de esfriar a cabeça”, afirmou o ministro.
Bebbiano viveu uma semana de crise dentro do governo, após denúncias de candidaturas "laranjas" no PSL e um episódio de atrito entre ele e o filho do presidente Jair Bolsonaro, Carlos Bolsonaro. Integrantes do governo dão como certo que Bolsonaro vai exonerar o ministro.
Aos jornalistas que o aguardavam no hotel, Bebianno disse que, por ora, não vai se pronunciar sobre o caso. “Daqui a alguns dias”, afirmou.

A crise
Reportagem da “Folha de S.Paulo” publicada na semana passada revelou repasse do PSL de R$ 400 mil de recursos públicos do fundo partidário para uma candidata de Pernambuco suspeita de ser “laranja”. Bebianno era o presidente do partido durante as eleições e, segundo a reportagem, autorizou os repasses.
Dias depois, para negar que houvesse crise por causa da denúncia do jornal, Bebianno disse que tinha conversado três vezes com Jair Bolsonaro enquanto o presidente ainda estava internado em São Paulo.
Em uma rede social, o vereador Carlos Bolsonaro classificou a afirmação de Bebianno como "mentira absoluta". Depois, Jair Bolsonaro compartilhou as mensagens do filho na mesma rede social. l

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