Editorial

Sistema S deve se unir contra cortes de receita

Atualizada em 11/10/2022 às 12h26

De um modo geral, a ameaça na redução das receitas compulsórias destinadas às entidades que formam o Sistema S, soa como algo não muito distante, caso o ministro da Economia, Paulo Guedes, ainda tenha como foco o objetivo cortes dos recursos em até 50%.
Essa declaração de Paulo Guedes ocorreu dia 17 de dezembro do ano passado, quando ele ainda não havia assumido a pasta, durante evento com empresários na Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan).

Mais do que números relativos e absolutos representados pela redução dos repasses, perda mesmo será nos serviços oferecidos, fechamento de unidades e demissão de funcionários.
Desde então, as entidades se mobilizaram no sentido de mostrar não somente o impacto que uma redução receita traria para cada segmento, mas essencialmente apresentar à sociedade a relevância e contribuição social e econômica das ações realizadas pelo Sistema S – seja o Sesc, Senac, Sesi, Senai, Sest, Senat, Sebrae, Senar ou Sescoop.

Entidades que fazem o Sistema S devem buscar apoio dos empresários, classe política e população em geral"

O Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), como uma de suas estratégias, aproveitou o Encontro de Dirigentes, que reuniu 80 representantes do Sistema Sebrae nos estados, entre superintendes e diretores técnicos e financeiros, para discutir a questão.

E ficou claro como orientador por parte da alta gestão do Sebrae que essa questão deve ser discutida com o Governo Federal na base do diálogo, a partir da construção de pontes de aproximação para fortalecer parcerias em defesa das micro e pequenas empresas.

O próprio discurso do presidente Nacional do Sebrae, João Henrique de Almeida Sousa, exortou os demais dirigentes a “criar pontes com o novo governo, buscar o diálogo, conversar. Essa articulação, se bem executada, fortalecerá as parcerias em defesa dos pequenos negócios e contribuirá para a consolidação do processo de recuperação da economia do país”.

Pois como bem disse João Henrique, as parcerias e uma articulação mais ampla com o governo devem ser buscadas não apenas pelo Sebrae, mas também pelas federações que representam as entidades do Sistema.

Na mesma linha de defesa da instituição, o presidente do Conselho Deliberativo do Sebrae, José Roberto Tadros, pediu empenho dos novos dirigentes estaduais para promover a competitividade e o desenvolvimento sustentável pelos pequenos negócios e sugeriu um trabalho em cooperação com outras instituições públicas e entidades de classe.

Assim como o Sebrae, as demais entidades que fazem o Sistema S devem trabalhar de forma assertiva, buscando apoio dos empresários, classe política, população em geral, para reforçar a importância do trabalho das instituições, com ações que acabam por complementar as lacunas deixadas pelo poder público.

O próprio Sistema S dispõe de grande capilaridade em todo o país para fazer ver à sociedade a sua força e sua importância como entidades que atuam nas áreas de educação formal e profissional, empreendedorismo, cooperativismo, agronegócio, entre outras, transformando a vida de milhares de brasileiros.

Então, é fundamental que essa preocupação do Sebrae também se irradie nas demais entidades do Sistema S, para que se deem as mãos e não deixem que todo esse trabalho reconhecido pela sociedade e de grande impacto social desapareça.

Leia outras notícias em Imirante.com. Siga, também, o Imirante nas redes sociais Twitter, Instagram, TikTok e canal no Whatsapp. Curta nossa página no Facebook e Youtube. Envie informações à Redação do Portal por meio do Whatsapp pelo telefone (98) 99209-2383.