Estado do Samba

Wendell Cosme: um artista multifacetado

- Atualizada em 11/10/2022 às 12h26

Chega com primazia, mostrando todo seu talento instrumental da melhor com seu cavaquinho seis cordas. Multi- instrumentista, compositor, arranjador e produtor, além de Influencer digital. Este é Wendell Cosme.

JM – Seja bem-vindo Wendell, e, como estão os preparativos para o carnaval?

WC – Pois é João, mais um ano, graças a Deus. São dezesseis anos de passarela. Comecei tocando ritinta em bloco tradicional. Foi quando conheci a minha grande inspiração para desenvolver meu trabalho com as cordas do cavaco, Chico Newman. A partir dai, depois de ganhar um cavaquinho, comecei a desenvolver estudo com outros instrumentos. Hoje sou formado em curso técnico de música pela Escola de música do Maranhão e hoje estudo curso superior na UFMA, além de dar aulas.

JM – Quais outros instrumentos que você toca?

WC – Bem, além do cavaquinho, toco também violão, guitarra, banjo… mas, minha identificação maior é com o cavaco.

JM – Fala um pouco do seu trabalho na noite. Começou no Grupo Argumento?

WC – Comecei na Cohab, onde morava, no Grupo Fascinação, depois fui para o Grupo Sob Medida, na época que era estourado na Batuque Brasil. Dai fui para o Grupo Palmares, onde toquei mais de ano. Depois disso, entrei no Grupo Argumento, onde estou até hoje. Inclusive, na época, ainda faziam parte do grupo, Carlindo e Cassiano Sobrinho.

JM – Você se vê como Influencer digital?

WC – João, eu gosto de mostrar meu trabalho, gosto de sentir a resposta do que faço e a internet é um grande veículo para tal mostra. Então, não tem como evitar. Em outros estados, também, passei a ser conhecido por mostrar sempre o nosso trabalho, a internet facilitou muito esse caminho. Hoje tenho contato com diversos grupos, a exemplo do Marcelinho do Turma do Pagode. Isso me faz postar coisas boas sempre, mais e mais. O público é exigente, sabe quando o trabalho vale a pena.

JM – Você produz também trabalhos fora do Maranhão.

WC – Já estou viajando para produzir a mais de oito anos. Aqui a minha primeira produção foi com o Madrilenus, depois o Andrezinho Valois, recentemente produzi o trabalho do grande Serrinha do Maranhão. No Rio de Janeiro minha primeira produção foi Jota P e Léo, que inclusive me abriu uma tremenda porta, onde conheci um ídolo no cavaquinho, Mauro Diniz, e, hoje, somos parceiros musicais. E esses contatos no Rio, devo muito ao renomado baterista Camilo Mariano, que me ajudou e me conduziu pelo braço em terras cariocas. Outro que também firmei produções foi Carlinhos Sete Cordas, além de outros grandes nomes.

Quero falar também de um trabalho gospel muito interessante do Grupo Marcados, onde tenho uma composição que foi gravada pelo grupo com Ferrugem. No primeiro disco do Argumento assino seis composições.

JM – Agora, Bloco Tradicional é sua paixão?

WC – Realmente João, afinal, foi onde tudo começou e corre em minhas veias. O pessoal do Argumento já sabe que em noite de desfile de Bloco Tradicional eu me transformo (Risos), toco em quase todos os blocos de São Luis. E é por puro prazer mesmo. Esse ano, até agora, estão confirmados dez blocos.

JM – E pra esse ano, tens alguma coisa engatilhada?

WC – Tem o Trabalho do Nobre Simplicidade, que já estou produzindo, o lançamento do disco da Lena Machado que estamos produzindo no Rio de Janeiro, o DVD do Serrinha do Maranhão, também terei uma participação na gravação do DVD do Projeto Samba de Classe, lançamento do DVD do Argumento. Estou também com uma agenda para abril com o Marcados no Rio. Sem esquecer que vem aí o meu disco instrumental.

JM – Bom, Wendell, obrigado por sua presença e também por trazer além da sua história, esse chorinho belíssimo em homenagem a Dona Teté (O balanço da Teté), que todos poderão curtir na TV O Estado e acompanhar em nossas redes sociais.

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