Separação

Médico pede que retirem do Iêmen dois bebês siameses para cirurgia

Crianças precisam passar por operação, mas médico diz que não tem condições de fazer a cirurgia no Iêmen, país que vive crise humanitária

Atualizada em 11/10/2022 às 12h26
Bebês siameses em incubadora no Iêmen. Equipe tenta transferi-lo a hospital de outro país
Bebês siameses em incubadora no Iêmen. Equipe tenta transferi-lo a hospital de outro país (Reuters)

SANAA - Um médico do Iêmen lançou ontem (6) um chamado para transferirem ao exterior dois bebês siameses nascidos perto da capital, Sanaa, para que possam ser separados. Isso porque, segundo o profissional, as equipes no país no Oriente Médio não poderiam fazer essa intervenção.

"Espero que sejam transferidos ao exterior o mais rápido possível", declarou à AFP Fayçal Al-Babili, chefe do serviço de Pediatria do hospital Al-Thawra, em Sanaa.

O médico também disse esperar de que o aeroporto da capital reabra logo. Porém, o aeroporto de Sanaa permanece fechado para voos comerciais há quase três anos, devido ao bloqueio aéreo imposto pela coalizão liderada pela Arábia Saudita – país que apoia o governo iemenita contra os rebeldes huthis xiitas.

Segundo Babili, o sistema de saúde do país entrou em colapso desde o início da guerra. E, sem os equipamentos necessários, o hospital não pode realizar uma operação para separar os recém-nascidos.

O médico também detalhou que os dois irmãos siameses tinham duas cabeças, dois corpos, mas apenas uma genitália e duas pernas.

O conflito no Iêmen causou cerca de 10 mil mortes, a maioria de civis, e mais de 60 mil feridos, desde março de 2015, segundo um balanço parcial da Organização Mundial da Saúde (OMS).

As ONGs, no entanto, estimam que o número de mortes seja muito maior.

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