Extrativismo

Cooperativa tem recorde na produção de óleo babaçu

Ano passado, a Cooperativa de Pequenos Produtores Agroextrativistas do Lado do Junco e Lago dos Rodrigues processou 500 toneladas de amêndoas

Atualizada em 11/10/2022 às 12h26
Preço médio do quilo de babaçu pago às quebradeiras de coco pela Cooperativa correspondeu a R$ 2,95
Preço médio do quilo de babaçu pago às quebradeiras de coco pela Cooperativa correspondeu a R$ 2,95 (babaçu)

A Cooperativa de Pequenos Produtores Agroextrativistas do Lado do Junco e Lago dos Rodrigues (COPPALJ) bateu recorde de produção em 2018. A produção de óleo de babaçu orgânico alcançou o volume de 221.000 kg, contra 197.400 kg produzidos em 2017. Ao todo, foram processadas mais de 500 toneladas de amêndoas.
Este ano, a cooperativa passa a contar com um laboratório para análises do óleo em sua própria unidade. “Vamos poder fazer aqui mesmo as nossas análises do óleo produzido. O laboratório é fruto de um projeto da Associação em Áreas de Assentamentos no Estado do Maranhão (Assema) financiado pelo Fundo Amazônia, parcerias que só vem a fortalecer cada vez mais o trabalho que iniciamos há décadas aqui na COPPALJ”, explica o gerente de produção da fábrica, Gilsimar Ermino.
A COPPLAJ é hoje a única cooperativa nacional responsável pela produção de óleo orgânico certificado pela IBD e de torta de babaçu comercializados nos mercados nacional e internacional. O óleo é produzido a partir da amêndoa fornecida pelas quebradeiras de coco babaçu da região do Médio Mearim. As amêndoas são comercializadas pelas quebradeiras de coco nas cantinas comunitárias da COPPALJ que efetua o pagamento em dinheiro ou em produtos, variando da cesta básica, ferramentas de trabalho aos mais variados produtos de higiene e beleza.
O preço médio do quilo de babaçu adquirido pela COPPALJ foi de kg/R$ 2,95 (dois reais e noventa e cinco centavos), sendo o preço mé­dio da região pago pelos concorrentes da Cooperativa foi de R$/kg 2,50. Após um ano de comercialização direta com cerca de 978 famílias em oito cantinas, a cooperativa obteve uma sobra financeira que será rateada entre seus cooperados(as), o equivalente a
R$ 86.615,00 (oitenta e seis mil seiscentos e quinze reais).

Assembleia Geral
No final de janeiro, a cooperativa realizou a sua 56ª Assembleia Geral Ordinária. O encontro aconteceu nos dias 25 e 26, na comunidade de Ludovico, no município de Lago do Junco/MA, a 300 quilômetros de São Luís, reunindo mais de 100 pessoas, entre quebradeiras de coco babaçu e suas famílias, parceiros e equipe técnica da Assema.
O desejo de desenvolver alternativas de proteção dos babaçuais por meio de boas práticas de manejo sustentável esteve na pauta de discussão do encontro. A COPPALJ tem incentivado seus associados (as) a desenvolver práticas produtivas mais compatíveis com a conservação do babaçu, como sistemas agroflorestais (SAF´s), pomar de frutas, criação de animais consorciando pastagem com babaçu e proteção das áreas de preservação permanentes (APPs). Para a cooperativa, todas essas alternativas de­vem ser praticadas respeitando a sucessão natural da palmeira de ba­baçu para garantir a reprodução dos meios de vida das comunidades tradicionais do babaçu.

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