Varejo

Varejo maranhense registra fechamento de 84 lojas em 2018

Dados da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo mostra que o estado teve sétimo pior desempenho em fechamento de lojas

Atualizada em 11/10/2022 às 12h26
Varejo maranhense
Varejo maranhense

Enquanto 15 unidades da federação, incluindo o Distrito Federal, registraram saldo positivo de abertura de lojas com vínculos empregatícios no varejo brasileiro em 2018, o Maranhão foi na contramão, constando, no ano, na lista de 12 estados que fecharam estabelecimento, com 84 estabelecimentos que encerram as atividades. Os dados são da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).

Dentre esses 12 estados, o Maranhão teve o sétimo pior desempenho em fechamento de lojas. Figuram na lista ainda Rio de Janeiro, Pará, Amazonas, Roraima, Rio Grande do Norte, Amapá, Piauí, Acre, Ceará, Sergipe e Tocantins.

De acordo com o estudo da CNC, em todo o país, o saldo entre aberturas e fechamentos de loja foi positivo, com +8,1 mil novas unidades. O resultado do ano passado interrompeu uma sequência de três anos no vermelho, uma vez que, entre 2015 e 2017, o setor acumulou um fechamento líquido de 223,0 mil estabelecimentos comerciais por conta da recessão.

O segmento de hiper e supermercados, se destacou positivamente em números absolutos (4.510), seguido pelo de lojas de utilidades domésticas e eletroeletrônicos (1.747) e pelas drogarias, farmácias e lojas de cosméticos (1.439). À exceção dos segmentos de móveis e eletrodomésticos (-176) e de material de construção (-926), os demais ramos abriram mais pontos de venda do que fecharam no ano passado.

Regionalmente, em 15 das 27 unidades da Federação foram registradas mais aberturas do que fechamentos, destacando-se de forma positiva os estados de São Paulo (+3.883), Santa Catarina (+1.706) e Minas Gerais (+940).

Para Fabio Bentes, economista-chefe da Confederação, a inflação abaixo da meta, a redução dos juros ao consumidor, a reação do mercado de trabalho e até mesmo a disponibilização de recursos como os saques nas contas do PIS/Pasep criaram, ao longo de 2018, condições mínimas para a expansão do consumo e, consequentemente, para o aumento real das vendas do setor. A recuperação gradual da confiança dos consumidores também permitiu boa performance a segmentos mais dependentes das condições de vendas a prazo.

Crise foi longa

A última crise econômica teve início para o varejo em 2014 quando, segundo o IBGE, as vendas encolheram 1,7% em relação a 2013. Nos dois anos seguintes, o comércio apurou perdas reais de faturamento de 8,6% e 8,7%, respectivamente. Desse modo, entre 2014 e 2016, o volume de vendas do varejo acumulou retração de 20% em termos de volumes de venda.

Para 2019, a CNC projeta crescimento de 5,8% no volume de vendas do varejo. Levando-se em conta esse cenário e a defasagem entre o crescimento das vendas e a natural contrapartida da abertura de novos pontos de venda no varejo nacional, a expectativa da entidade é que, ao fim deste ano, aproximadamente 23,3 mil novos estabelecimentos com vínculos empregatícios sejam abertos. Confirmada essa expectativa, 2019 apresentará o maior saldo de abertura de lojas desde 2013.

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