Editorial

Alergias e intolerâncias alimentares

Atualizada em 11/10/2022 às 12h26

Todo ser humano precisa se alimentar para viver. Carnes, pães, verduras. Tanto faz, o importante é manter-se vivo e saudável. Nos últimos tempos, tem-se percebido o aumento das alergias e intolerâncias alimentares. Que não apenas restringem a vida das pessoas, mas as deixam sem muitas opções.

O aumento das alergias registrado nas últimas décadas é visível principalmente no Ocidente. A alergia alimentar afeta hoje cerca de 7% das crianças no Reino Unido e 9% na Austrália, por exemplo. Em toda a Europa, 2% dos adultos têm alergias alimentares.

Hoje, são muitas as alergias ou intolerâncias. Trigo, frutos do mar, leite, amendoim são apenas algumas mais comuns. E a tendência é que o número de indivíduos com algum tipo de intolerância aumente ao longo dos anos. Foi o que mostrou um estudo feiro no Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC), nos Estados Unidos.

De acordo com o CDC, a incidência de alergias alimentares no mundo, cresceu em torno de 50%, entre os anos de 1997 e 2013, e as crianças são as mais afetadas. Na Europa os casos subiram 700%, na China mais que dobraram e, no Brasil, 2 milhões de pessoas têm algum tipo de alergia à comida.

Ainda que não seja conclusiva, a pesquisa indica, no caso da intolerância a lactose, que o leite é prejudicial, devido a grande presença de lactose e galactose, tipos de açúcares que aumentam o estresse oxidativo e favorecem processos inflamatórios crônicos. O número de alérgicos a lactose, só aumenta. Cada vez mais crianças nascem com o problema e muitos adultos apresentam a intolerância depois dos 40 anos.

Ainda não há uma única explicação para um aumento global das alergias a alimentos, em geral, mas a ciência tem algumas teorias e um delas é que a melhoria da higiene pode ser uma das causas, já que as crianças não estão tendo tantas infecções.

As infecções parasitárias, em particular, são normalmente combatidas pelos mesmos mecanismos envolvidos no combate às alergias. Com menos parasitas para combater, o sistema imunológico se volta contra elementos que deveriam ser inofensivos.

Outra hipótese é que a vitamina D pode ajudar o sistema imunológico a desenvolver uma resposta saudável, deixando as pessoas menos suscetíveis a alergias. Mas a maioria das populações ao redor do mundo não obtém vitamina D suficiente por várias razões, incluindo passar menos tempo ao sol. Nos EUA, a taxa de deficiência de vitamina D teria quase dobrado em pouco mais de uma década.

O fato é que, com ou sem explicação, elas estão aumentando, e a necessidade de rotular adequadamente os produtos vendidos nos mercados é indispensável, para garantir uma alimentação saudável aos alérgicos e intolerantes, que são casos diferentes.

Alergias alimentares são uma resposta exagerada do organismo a determinados tipos de alimentos. A reação alérgica pode acontecer imediatamente ao consumo ou até mesmo horas depois que o alimento foi ingerido, o que dificulta o diagnóstico.

Já a intolerância se caracteriza por reação não-imunológica. Se na alergia o organismo ataca aquela substância considerada estranha praticamente da mesma forma como faz com um micro-organismo agressor, acionando todo o sistema de defesa do organismo, na intolerância alimentar, a substância que não é digerida pelo organismo tende a se acumular, provocando sintomas como dores abdominais, gases, diarreia e até enjoos e vômitos.

Leia outras notícias em Imirante.com. Siga, também, o Imirante nas redes sociais Twitter, Instagram, TikTok e canal no Whatsapp. Curta nossa página no Facebook e Youtube. Envie informações à Redação do Portal por meio do Whatsapp pelo telefone (98) 99209-2383.