História

Legado francês em São Luís

Palestra “Do Vinhais Velho à Ponta d’Areia: um reduto que deu início a São Luís” será ministrada hoje, às 17h, por Antônio Noberto e Leopoldo Vaz, no auditório do Instituto Histórico e Geográfico do Maranhão

Atualizada em 11/10/2022 às 12h26
Antonio Noberto  será um dos palestrantes
Antonio Noberto será um dos palestrantes (Antonio Noberto)

São Luís - A programação em celebração ao Ano Cultural do Instituto Histórico e Geográfico do Maranhão (IHGM) começa com a palestra “Do Vinhais Velho à Ponta d’Areia: um reduto que deu início a São Luís”, a ser ministrada hoje, às 17h, no auditório da instituição, na Rua de Santa Rita (esquina com a Rua Grande), pelo historiador Antônio Noberto da Silva e pelo professor Leopoldo Vaz. A solenidade de abertura será presidida pelo presidente do IHGM, professor José Augusto Silva Oliveira.

Segundo Antônio Noberto, sócio efetivo do IHGM e presidente da Academia Ludovicense de Letras, a palestra será uma viagem no tempo e no espaço. “Revelam-se, nela, as razões do projeto França Equinocial, sendo a cidade de São Luís o legado mais significativo desse empreendimento colonial francês”, frisa.

Conforme Noberto, entre os séculos XVI e XVII, existia na área de São Luís um reduto francês cujos integrantes lançaram as bases do que seria a capital da França Equinocial, localizadas entre o Vinhais Velho e a Ponta d’Areia, eixo protegido pelo Forte Sardinha, rebatizado por Alexandre de Moura de Forte de São Francisco.

Os palestrantes sustentarão seus discursos nos mais respeitados estudiosos da história e da cultura brasileira, entre eles, Rubem Almeida, Eduardo Bueno, Ribeiro do Amaral e Alderico Leandro. Para José Augusto Silva Oliveira, iniciar o Ano Cultural tendo palestra cujo objeto é a cidade de São Luís, evidencia o interesse da instituição que dirige, no que diz respeito à socialização das informações sobre a capital maranhense. “ As pessoas, notadamente as que aqui moram, não podem ignorar a história dela”, diz.

Tratado
De acordo com pesquisas dos palestrantes, a partir do meado dos anos 1500, o Tratado de Tordesilhas, assinado por Portugal e Espanha, não era respeitado pela França, que contestara de maneira mais veemente a divisão do mundo. Em termos de expansão marítima, os franceses, mesmo perdendo a corrida, buscaram terras sem colonização para poder explorar.

Corsários recebiam apoio do governo francês, com financiamento, para explorar as riquezas das Américas, fazendo contrabando, principalmente de pau-brasil e muitas outras madeiras, além de pássaros silvestres, macacos, e de até mesmo de tabaco. A presença de traficantes de pau-brasil no litoral brasileiro remonta ao ano de 1503 e é aceito como o início das incursões francesas na costa norte-riograndense e 1516 como o momento em que traficantes e corsários vindos da França agiam na Costa dos Potiguares, como era então conhecido o território habitado por aqueles silvícolas, dele fazendo parte o atual Rio Grande do Norte.

Portugal reagia como podia às investidas francesas, financiando “varreduras costeiras” entre Pernambuco e o rio da Prata, de 1516 a 1519 e de 1526 a 1528, ambas realizadas por Cristóvão Jacques, pois os franceses costumavam visitar a costa brasileira entre o cabo de São Roque e Angra dos Reis, mais fácil e acessível. Em 1524 vamos encontrar Guérard e Roussel, corsários de Dieppe, visitando o Maranhão. l

Serviço

O quê

Palestra “Do Vinhais Velho à Ponta d’Areia: um reduto que deu início a São Luís”

Quando

Hoje, às 17h

Onde

Auditório do Instituto Histórico e Geográfico do Maranhão (Rua de Santa Rita)

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