O ano começou com muito otimismo para os empresários da indústria da construção. É que, nos próximos seis meses, eles apostam no aumento do nível de atividade, do emprego, dos novos empreendimentos e serviços e da compra de insumos e matérias-primas. Segundo a Sondagem Indústria da Construção divulgada nesta semana pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), todos os indicadores de confiança do setor melhoraram em janeiro.
Subiu para 58,4 pontos o índice de expectativas sobre o nível de atividade; cresceu para 58,1 pontos o de novos empreendimentos e serviços; alcançou 56,1 pontos, o de número de empregados; e atingiu 56,5 pontos o de compra de insumos e matérias-primas. Os indicadores variam de zero a cem pontos. Quando estão acima dos 50 pontos mostram que os empresários estão confiantes.
Outro dado positivo é que a disposição para investir também melhorou. O índice de intenção de investimentos elevou-se para 38 pontos neste mês, o maior nível desde janeiro de 2014. O indicador cresceu 5,5 pontos de outubro para janeiro, de acordo com a pesquisa da CNI. Com a melhora significativa ao longo do quarto trimestre de 2018, o índice está acima da média histórica de 33,6 pontos. O indicador varia de zero a cem pontos, quando maior o índice, maior a disposição para investir.
A pesquisa mostra também que o Índice de Confiança do Empresário da Construção (ICEI-Construção) alcançou 63,7 pontos em janeiro e está muito acima da média histórica de 53,1 pontos. Todos os componentes do ICEI-Construção melhoraram em janeiro frente ao mês de dezembro. Pela primeira vez desde 2014, os empresários do setor estão otimistas com as condições atuais dos negócios.
E por que esses números causam tanto alvoroço no mercado? Simples. A confiança dos empresários é importante para a recuperação do setor, que nos últimos anos vem sofrendo com a queda de preços e as baixas no mercado.
Do outro lado, a atividade e o emprego na indústria da construção tiveram nova queda em dezembro. O índice de nível de atividade recuou para 44,4 pontos e o de emprego caiu para 42,8 pontos. Ambos continuam abaixo da linha divisória dos 50 pontos e mostram queda da atividade e do emprego. O nível de utilização da capacidade de operação ficou em 57% em dezembro, mostrando que o setor operou com elevada ociosidade. Nesse cenário, a CNI observa que o fim do ano é, tradicionalmente, um período fraco para o setor.
A lista dos principais problemas enfrentados pela indústria da construção - no quarto trimestre de 2018 - continua sendo liderada pela elevada carga tributária, com 39,7% das citações. Em seguida, com 31,3% das respostas, aparece a demanda interna insuficiente e, em terceiro lugar, com 27,5% das menções, o excesso de burocracia. Os juros altos, a falta de capital de giro e a inadimplência dos clientes também estão entre os principais obstáculos à expansão do setor.
Os empresários também se mostraram satisfeitos com a situação financeira das empresas. Por si só esse dado já é bem alvissareiro. E que os índices se traduzam em realidade de crescimento nos próximos meses.
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