COLUNA

Mais uma vitória

Atualizada em 11/10/2022 às 12h26

O PDT ganhará mais um espaço de poder rumo ao projeto político de seu presidente estadual, senador eleito Weverton Rocha, que é ser governador do Maranhão em 2022. Os pedetistas agora tomarão conta da Federação dos Municípios do Estado do Maranhão (Famem) no biênio 2019/2020. Esta definição veio no fim da tarde de ontem após “reunião” que envolveu os então dois candidatos a presidente da entidade, os prefeitos Cleomar Tema e Erlanio Xavier, e o governador Flávio Dino (PCdoB).
Tema, que já havia até registrado chapa, decidiu recuar - mesmo dizendo que nunca o faria -, será um presidente de honra da federação. Um prêmio de consolação, depois de ser atropelado por um dos aliados do grupo político do qual faz parte sem que o seu aliado maior, o governador Flávio Dino esboçasse qualquer reação a favor do socialista.
Apoiadores de Tema dizem que Dino agiu assim como vingança pelo prefeito ter se dedicado à campanha do ex-governador José Reinaldo Tavares na disputa pelo Senado.
Já os aliados de Erlanio e Weverton garantem que o governador decidiu ficar à margem porque sabia que não conseguiria barrar os avanços do PDT rumo à presidência da Famem.
Seja qual for o motivo, a eleição de hoje mostra mais uma vitória do senador eleito, que já tem oito anos de mandato no Senado, a presidência da Câmara e a Prefeitura de São Luís (e já trabalha para se manter com ela em 2020).
Os próximos passos serão rumo à Presidência da Assembleia Legislativa, mas isto daqui a dois anos, e em busca do comando do Maranhão, em 2022.
E, pelo visto, Flávio Dino trabalha para isto ou não consegue evitar que os avanços do PDT continuem.

Para inglês ver
A reunião para foto feita entre Flávio Dino e os prefeitos Clemar Tema e Erlanio Xavier foi uma forma de mostrar uma “certa força” de articulação e apaziguamento do comunista.
Na verdade, segundo aliados de Cleomar Tema, antes de ir para Brasília Weverton Rocha já havia costurado este consenso anunciado ontem.
Trocas de cargos e espaços políticos - além da certeza da derrota também - foram os motivos para Tema decidir recuar da disputa.

TRE
O desembargador Cleones Cunha presidirá o TRE do Maranhão de fevereiro deste ano até maio de 2020. A escolha do magistrado ocorrerá dia 28 do próximo mês.
Não haverá disputas, já que o também desembargador Tyrone Silva anunciou que não disputará a presidência do tribunal.
Silva ficará como corregedor eleitoral e vice-presidente do TRE. E se a tradição for mantida, deverá ser dele a missão de comandar as eleições municipais no ano que vem.

Debates
O secretário estadual de Meio Ambiente do Distrito Federal, Sarney Filho, manifestou-se a respeito da tragédia de Brumadinho, em Minas Gerais.
Segundo o gestor, é inaceitável que em cerca de três anos duas tragédias envolvendo barragem de rejeitos de minérios tirem a vida de centenas de pessoas.
“Espera-se uma resposta firme do Poder Executivo, por meio de suas instâncias, mas também que o Judiciário puna os responsáveis por mais esta tragédia”, disse Sarney Filho.

Estranho
Causa estranheza o silêncio, até o momento, da Secretaria de Estado da Saúde (SES) sobre o andamento das investigações de fraude relacionadas às inscrições para escolha de diretores de unidades.
O certame foi anulado no dia 10 deste mês e, à época, a pasta informou que a nova data para registro de interessados seria divulgada “o mais breve possível”.
Lá se vão 20 dias e nada de resposta. A coluna procurou a SES e não recebeu qualquer retorno. Muito estranho!

Novas lideranças
A saída oficial de Márcio Jerry (PCdoB) do Governo, anunciada pelo próprio nas redes sociais, deverá finalmente incentivar o surgimento de lideranças no Executivo.
Dino não escondia de ninguém a influência de Jerry nos corredores dos Leões, a ponto de o presidente do partido comunista ser confundido em alguns momentos como o próprio governador.
Quem deve ganhar força com a “saída” de Jerry é o ainda deputado estadual e líder do governo, Rogério Cafeteira (DEM).

Será?
Sobre a saída de Márcio Jerry do Governo, muitos aliados do governador Flávio Dino tentam acreditar que o braço direito e esquerdo do comunista não mais interferirá na gestão dinista.
Para os aliados que não gostam de Jerry, a esperança é que o futuro deputado federal se volte somente para o seu mandato (o seu maior sonho), em Brasília.
Desta forma, Márcio Jerry deixará de agir contra os aliados e atrapalhar articulações. Mas ainda existem governistas que duvidem que o homem de Dino realmente ficará afastado.

DE OLHO

R$ 6 milhões é o valor previsto no Orçamento do Estado para “realização de eventos”.

E MAIS

• A partir de 1º de fevereiro devem começar a ser anunciados os nomes dos novos membros do primeiro escalão do governo Flávio Dino.

• Para tomar posse dia primeiro, dos secretários que agora estão, somente Marcelo Tavares (PSB) e Márcio Jerry deixam o governo.

• Tavares deve voltar à chefia da Casa Civil e assim abrirá vaga na Assembleia Legislativa para o primeiro suplente, Edivaldo Holanda (PTC), pai do prefeito de São Luís, Edivaldo Júnior (PDT).

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