Editorial

Retomada dos empregos

Atualizada em 11/10/2022 às 12h26

Após seis anos consecutivos, de 2012 a 2017, apresentando saldo negativo de empregos, o Maranhão conseguiu encerrar o ano de 2018 gerando novos postos de trabalho formal. De janeiro de 2012 até dezembro de 2017 a crise econômica no estado resultou na extinção de 49.451 vagas de empregos com carteira assinada.

Já nos 12 meses do ano passado, a economia apresentou uma modesta recuperação e acumulou 7.255 novas vagas criadas para o mercado de trabalho maranhense. Apesar do resultado positivo, o estado ainda necessita recuperar mais de 42 mil empregos para retornar ao estoque de assalariados do final do ano de 2011.

Somente São Luís alcançou a geração de saldo de 4.225 novos empregos em 2018, no entanto, assim como os números gerais do estado, a capital ainda aguarda a recuperação de mais de 25 mil postos de trabalho para se igualar com os números de 2011.

Assim, com um atraso econômico de sete anos no mercado de trabalho local, os desafios a serem enfrentados pelo Governo do Estado para incentivar o desenvolvimento do setor produtivo maranhense seguem se acumulando, sem respostas efetivas que ofereçam confiança aos investidores e empreendedores no Maranhão.

O governo comunista parte para o 5º ano de gestão, mas segue com um estado que apresenta indicadores econômicos piores do que quando assumiu o primeiro mandato. Com a população sem empregos formais, o empreendedorismo informal segue sendo a única alternativa dos maranhenses para conseguir sobreviver e obter a renda necessária para a aquisição de produtos de primeira necessidade.

Com a indústria e o setor de construção civil ainda sem atratividade para novos investimentos no estado, os segmentos responsáveis pela geração de empregos em 2018 no Maranhão foram justamente o comércio, com saldo de 1.800 novas vagas, e o setor de serviços, com 6.898 novos empregos.

O resultado mostra que o Maranhão segue sendo um estado estritamente importador de bens, sem alcançar competitividade na indústria maranhense para suprir a demanda interna de produtos manufaturados, o que dificulta a acumulação de riqueza no território local, uma vez que o déficit da balança comercial faz escoar os recursos pela mão única da importação.

As ameaças recentes de retomada do Porto do Itaqui pelo Governo Federal são um sinal claro do descaso que o governo comunista maranhense trata a questão do desenvolvimento do estado a partir da construção de bases sólidas industriais e produtivas.

Assim, as atenções se direcionam a partir de agora para a análise acerca da continuidade de crescimento do mercado de trabalho ou se o ano de 2018 representou apenas um voo de galinha para a economia do Maranhão. A falta de efetividade da indústria e da construção na participação dentro desse processo de retomada dos empregos precisará ser imediatamente resolvida pelo governo, oferecendo oportunidades de atratividade para esses segmentos que são estratégicos para qualquer economia, reduzindo a pesada carga tributária que afasta os grandes negócios e fortalecendo uma infraestrutura de transporte capaz de atender ao escoamento da produção.

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