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Elizabeth II fala em busca a pontos de convergência às vésperas de votação sobre o Brexit

Rainha da Inglaterra permanece politicamente neutra, mas envia mensagens indiretas quando o país enfrenta desafios importantes

Atualizada em 11/10/2022 às 12h26
Rainha Elizabeth desfila em carruagem, em imagem de arquivo
Rainha Elizabeth desfila em carruagem, em imagem de arquivo (Reuters)

LONDRES - A rainha Elizabeth II pediu para que encontrem "pontos de convergência" e respeitem “diferentes pontos de vista" em um discurso que tem sido interpretado pela imprensa como uma mensagem para a próxima votação sobre o acordo a respeito da saída do Reino Unido da União Europeia. O Palácio de Buckingham se recusou a comentar as declarações.

Como chefe de Estado em uma monarquia parlamentar, a rainha permanece politicamente neutra e não expressa opiniões pessoais, mas não é incomum que ela envie mensagens indiretas quando o país enfrenta desafios importantes.

Com a aproximação do dia 29 de março, a data estabelecida por lei para o Brexit, Londres está em sua mais profunda crise política em meio século à medida que enfrenta dificuldades para determinar como, ou até se, irá deixar o projeto europeu a qual aderiu em 1973.

No discurso para celebrar na quinta-feira (24) o centenário do Instituto da Mulher (WI, sigla em inglês) de Sandringham, no leste da Inglaterra, ela não mencionou diretamente o Brexit e elogiou as virtudes da organização, que reúne associações locais de mulheres.

"Ao buscar novas respostas na era moderna, eu pessoalmente prefiro receitas testadas, como falar bem dos outros e respeitar diferentes pontos de vista, unindo-me para encontrar pontos de convergência e nunca perder de vista o panorama geral", afirmou.

A monarca, de 92 anos, afirmou que essas abordagens são “atemporais” e que “recomenda a todos".

Acordo

As declarações da rainha acontecem poucos dias antes de a primeira-ministra, Theresa May, retornar à Câmara dos Comuns com seu plano revisado para o Brexit. A data prevista para isso acontecer é 29 de janeiro, de acordo com a BBC.

O texto inicial, aprovado pelo Conselho Europeu, foi rejeitado pelos deputados britânicos por uma diferença de 230 votos – impondo uma derrota histórica para a premiê.

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