Senado

Cid Gomes propõe formação de um bloco “Centrão” no Senado

Senador do PDT quer reunir 12 partidos com maioria de 50 senadores em um único bloco antes da eleição interna do próximo dia 1º de fevereiro

Atualizada em 11/10/2022 às 12h26
Cid Gomes acredita que consegue reunir 12 partidos e 50 senadores
Cid Gomes acredita que consegue reunir 12 partidos e 50 senadores (Cid Gomes)

Brasília

Com o discurso de maior "independência" em relação ao governo de Jair Bolsonaro (PSL), o senador Cid Gomes (PDT) trabalha para formar um grande grupo de partidos no Senado, nos moldes do que foi o Centrão na Câmara. Sua intenção é juntar 12 partidos e uma maioria de 50 senadores em um único bloco ainda antes da eleição interna, em 1º de fevereiro.
A ideia é aproveitar a força do grupo para propor mudanças e permitir maior distribuição de poderes da presidência da Casa e na Mesa Diretora.Até agora, o bloco informal liderado por Cid antes mesmo de sua posse é formado por quatro siglas, PDT, PSB, PPS e Rede. O irmão de Ciro Gomes (PDT), derrotado no primeiro turno da disputa presidencial de outubro, tem se aproximado de lideranças de outras sete agremiações: PP, PTB, PSC, PSDB, PSD, Podemos, PRB e DEM.
Nas conversas, eles discutem a criação de uma agenda única tanto para a reestruturação de algumas dinâmicas internas do Senado como para a análise de pautas consideradas importantes para o país.Entre os nomes que Cid já conversou estão Tasso Jeiressati (PSDB-CE) e Alvaro Dias (Podemos-PR), que, segundo pessoas envolvidas nas negociações, se disseram simpáticos à ideia do blocão, embora ainda não tenham batido o martelo se toparão participar.
Questionado sobre a similaridade com o Centrão da Câmara, grupo que ficou conhecido pelo fisiologismo, Cid respondeu que não vê problema na comparação. "Se Centrão não é ser situação e nem é ser oposição a qualquer custo...", afirma. "Definitivamente, não há identidade ideológica entre esses partidos, mas há nas linhas de discussão e atuação."A ideia é tentar construir consenso para que algumas das mudanças sejam encaminhadas já na eleição do Senado, marcada para o dia 1º de fevereiro.
A principal delas visa repartir os poderes da presidência da Casa com os outros ocupantes da Mesa: primeiro e segundo vice-presidentes, além de quatro secretários.
“Conversei com um senador que reclamou não conseguir pautar um único projeto para votação. Todos os poderes ficam na mão da presidência”, afirmou Cid. O modelo a ser seguido seria a Câmara dos Deputados, na qual os outros ocupantes da Mesa tem atribuições específicas. l

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