Editorial

A força do cooperativismo no Brasil

Atualizada em 11/10/2022 às 12h26

O cooperativismo é uma filosofia de vida que busca transformar o mundo em um lugar mais justo, feliz, equilibrado e com melhores oportunidades para todos. Um caminho que mostra que é possível unir desenvolvimento econômico e desenvolvimento social, produtividade e sustentabilidade, o individual e o coletivo.

Sem dúvida, um modelo de negócios perfeito e uma alternativa de sustentabilidade e resultados coletivos, que em número se traduzem a sua importância.

Em todo o mundo, uma em cada sete pessoas, está associada a uma cooperativa. Se as 300 maiores cooperativas do mundo fossem um país, elas seriam a 6ª maior economia do mundo, com um PIB de US$ 2,53 bilhões.

E o comparativo positivo não para. No Brasil, 51,6 milhões de pessoas são beneficiadas direta ou indiretamente pelo cooperativismo. Além do que em 564 municípios brasileiros, as cooperativas de crédito são as únicas instituições financeiras locais.

Pelo menos 807 municípios são atendidos por cooperativas de eletrificação no país; 428 milhões de toneladas de cargas são transportadas anualmente por cooperativas; e 48% de toda a produção agrícola brasileira passa de alguma maneira por uma cooperativa agropecuária.

Não bastasse isso, 38% dos brasileiros com assistência médica são atendidos por cooperativas de saúde. No Brasil, 372 mil empregos são gerados pelas cooperativas; e US$ 5,137 bilhões é o volume de recursos movimentados pelas exportações realizadas por 240 cooperativas brasileiras a 147 países.

Esse é o retrato do cooperativismo no Brasil e no mundo. Dados do Ministério do Trabalho apontam que em 2014, foram criadas 324 cooperativas no país, subindo para 444 no ano seguinte. Em 2018, conforme o anuário do cooperativismo, existem 6.665 cooperativas atuando no país. Dados do Censo Agropecuário do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mostram que 48% de tudo o que é produzido no campo passa, em algum momento, por uma cooperativa. Isso mostra que, apesar das dificuldades decorrentes da crise econômica, o cooperativismo mantém seu crescimento - e que este é o momento de investimento e ampliação do faturamento.

O cooperativismo tem como preceito básico que ser cooperativista é acreditar que ninguém perde quando todo mundo ganha, é buscar benefícios próprios enquanto contribui para o todo, é se basear em valores de solidariedade, responsabilidade, democracia e igualdade.

O cooperativismo estabeleceu valores e princípios, no sentido de orientar os cooperativistas. Os valores são baseados em cooperação, transformação e equilíbrio. Já os princípios se respaldam em adesão voluntária e livre, gestão democrática, participação econômica dos membros, autonomia e independência, educação, formação e informação, intercooperação e interesse pela comunidade.

Além disso, as cooperativas variam de acordo com a dimensão e os objetivos da organização, classificadas como: singular (1º grau), central ou federação (2º grau) e confederação (3º grau).

Seja na capital ou no interior do estado, as cooperativas atuam em diversos ramos, tais como: agropecuário, consumo, crédito, educacional, especial, infraestrutura, habitacional, produção, mineral, trabalho, saúde, turismo e lazer e transporte.

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