No Panamá

Papa Francisco diz que políticos devem viver com ''austeridade e transparência''

''Aqueles que têm uma função de liderança na vida pública devem levar uma vida conforme a dignidade e a autoridade que encarnam'', afirma pontífice

Atualizada em 11/10/2022 às 12h26
O papa Francisco fala com o padre colombiano Mauricio Rueda Beltz ao ser recebido pelo presidente do Panamá Juan Carlos Varela
O papa Francisco fala com o padre colombiano Mauricio Rueda Beltz ao ser recebido pelo presidente do Panamá Juan Carlos Varela (Reuters)

CIDADE DO PANAMÁ - O papa Francisco instou os políticos do mundo a viverem com “austeridade e transparência”, em seu primeiro discurso durante sua visita ao Panamá , na quinta-feira( 24)..

"Todos aqueles que têm uma função de liderança na vida pública devem levar uma vida conforme a dignidade e a autoridade que encarnam e que lhes foi confiada", afirmou Francisco em um encontro com autoridades panamenhas, com diplomatas do país e com líderes religiosos. "Faço um convite para viverem com austeridade e transparência, para levar uma vida que demonstre que o serviço público é sinônimo de honestidade e de justiça, e antônimo de qualquer forma de corrupção".

A viagem acontece num momento em que o país da América Central enfrenta vários escândalos de corrupção. O maior dos casos envolve a construtora brasileira Odebrecht, que admitiu ter pagado milhões de dólares em vários países da América Latina para obter polpudos contratos de obras públicas.

O Panamá também esteve no centro das atenções pelo caso dos “Panama Papers”, quando foi revelado o ocultamento da propriedade de empresas e de ativos por parte de mandatários, líderes políticos e diversas personalidades mundiais.

Francisco chegou ao Panamá na tarde de quarta-feira, para participar da Jornada Mundial da Juventude (JMJ), evento trienal que reúne dezenas de milhares de jovens católicos.

Esta é a primeira vez que o papa visita a América Central, região que enfrenta a imigração forçada, a pobreza e a violência, temas que se espera que Francisco aborde em sua viagem.

Também se espera que o papa faça um pronunciamento sobre a situação na Venezuela, onde, na quarta-feira ( 23), o presidente da Assembleia Nacional, Juan Guaidó, se autoproclamou presidente.

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