COLUNA

Mais uma vez, caos na saúde

Atualizada em 11/10/2022 às 12h26

As cenas fortes de um paciente sendo levando pelas ruas do centro de São Luís em uma maca por parentes em desespero por falta de atendimento médico mostram o caos da Saúde pública no Maranhão, cujos reflexos causam dramas como o da família de Urbano Santos.
E não é possível reduzir o problema à falta de uma assistência em um hospital de São Luís. O problema é muito mais grave e a capital maranhense vem recebendo a conta, que vem sendo paga, às vezes, com vidas de quem precisa de assistência médica.
Com dois hospitais de urgência e emergência, São Luís - há quatro anos - voltou a ser o “porto seguro” de pacientes do interior do estado, que não
tem mais hospitais de 20 leitos funcionando para atender
às demandas.
Com a política de distribuição de ambulâncias pelo governo de Flávio dino (PCdoB) - foram mais de 60 somente nos primeiros quatro anos -, fechamento de unidades hospitalares no interior por falta de ajuda da gestão estadual, sucateamento de UPAs e, claro, a falta de investimentos adequados dos prefeitos do interior, a situação em São Luís vem se agravando.
Com corredores lotados, o secretário municipal de Saúde, Lula Fylho, informou à Justiça - que acionou o Município devido à superlotação do Socorrão I e II - que a maioria dos pacientes internada nas unidades de urgência e emergência não são de São Luís.
E o governo do estado? Por enquanto, calado diante do caos na saúde da capital. A Prefeitura comandada por Edivaldo Júnior (PDT) não pode reclamar em voz alta de toda a situação causada pelo descaso do governo Dino por ser aliado do comunista. E, no meio disto tudo, vidas sendo perdidas.

Calado
Enquanto o caos na saúde é mostrado em rede nacional, o governador Flávio Dino (PCdoB) usa suas redes socais apenas para falar do encontro que teve em Brasília com o ministro da Educação Ricardo Vélez Rodriguéz.
O comunista disse que falou dos programas de seu governo na área da Educação e pediu urgência na conclusão das obras de construção de creches.
Sobre a saúde? Flávio Dino fez o que faz sempre quando a situação lhe é desfavorável: calou-se e fazendo de conta de que nada está acontecendo.

Reajuste
E depois de muita pressão de empresários, a Prefeitura de São Luís não conseguiu mais segurar o reajuste das tarifas do transporte público.
Apesar do ano-base para aumento de passagem ser em setembro, a gestão de Edivaldo Júnior teve que permitir o reajuste.
As tarifas ficarão mais cara R$ 0,30 nas linhas integradas e R$ 0,05 nas linhas não integradas. O reajuste passa a valer já na madrugada de amanhã.

Cálculo
A Prefeitura alega que fez o cálculo de reajuste baseado no que está previsto na lei de licitação dos transportes. No entanto, os empresários chegaram a pedir até R$ 0,80 de aumento nas tarifas.
Ainda segundo a gestão municipal, o reajuste foi autorizado somente após a constatação de que as metas estabelecidas em contratos com as empresas foram cumpridas.
A gestão de Edivaldo Júnior garante ainda que, mesmo com o aumento, as passagens do transporte público de São Luís continuam sendo as mais baixas do país.

Defesa
O senador Roberto Rocha (PSDB) decidiu defender o presidente Jair Bolsonaro (PSL) no episódio que envolve o filho, senador eleito Flávio Bolsonaro.
Segundo o tucano, aliados e adversários querem que o presidente abandone o filho para não ter problemas em sua gestão.
Para o senador maranhense, isto é um erro, já que, como pai, Bolsonaro deveria trabalhar com a presunção de inocência do filho até a última instância.

Informações
Mesmo com todo o discurso de transparência do governo de Flávio Dino, o deputado estadual César Pires (PV) precisou pedir por meio de ofícios informações sobre incentivos fiscais a empresas.
Segundo Pires, a intenção é buscar na Secretaria Estadual de Fazenda (Sefaz) informações que esclareçam dúvidas sobre as leis de incentivos fiscais no Maranhão.
Resta saber se o titular da Sefaz, Marcellus Ribeiro, permitirá o envio das informações que o deputado do PV precisa.

Viabilidade
O presidente da Câmara de Vereadores de São Luís, Osmar Filho, é visto pelo presidente estadual do PDT, Weverton Rocha, com condições plenas de disputar a Prefeitura de São Luís em 2020.
Segundo Rocha, as votações de Osmar na capital sempre foram expressivas e isto garante que ele busque a sua viabilidade política para ser o candidato do partido na sucessão municipal.
Osmar Filho, por enquanto, prefere não tratar do assunto. Ele garante que neste momento está voltado para os trabalhos que envolvem a presidência da Câmara.

DE OLHO

R$ 2,8 bilhões é o valor que deverá ser destinado para a Previdência Social, em 2019, no governo estadual. Valor está previsto na Lei Orçamentária Anual (LOA) aprovada pela Assembleia Legislativa.

E MAIS

• Petistas do Maranhão recebem hoje o ex-ministro Ricardo Berzoini, que falará aos membros do partido que pertencem à ala “Articulação” sobre a conjuntura política nacional.

• Além disso, o encontro da Articulação, que vai até amanhã, tratará das estratégias iniciais para as eleições municipais de 2020.

• Do grupo da Articulação do PT do Maranhão há o vereador Honorato Fernandes, que é presidente municipal e deverá comandar o processo eleitoral do partido em São Luís.

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