Editorial

Carnaval e responsabilidade

Atualizada em 11/10/2022 às 12h26

A folia momesca 2019 já toma conta de São Luís, onde, nos finais de semana, brincadeiras contagiam o público em diversos locais - a exemplo da Madre Deus, que, como sempre, oferece atrações para todos os gostos, com blocos e outras manifestações. Tudo isso regado a muita alegria, descontração e irreverência.

Já deu sentir, ver e ouvir que o Carnaval deste ano promete muito em termos de diversão. Não somente nos bairros do Centro da capital, mas também em outras localidades da Grande Ilha a folia corre solta. É, sem sombra de dúvidas, a festa popular mais contagiante de todo o país. É bom lembrar que a terça-feira de Carnaval vai cair em 5 de março de 2019 e até lá muita diversão está reservada para os foliões, afinal, a festa momesca é de muito samba e zoeira, sátira social e zombaria de autoridades e personalidade públicas.

Tudo bem que o Carnaval é diversão, mas não tem como esquecer que é preciso brincar com segurança e responsabilidade. Afinal, é uma festa que incorpora elementos como máscaras e fantasias, representando uma espécie de inversão dos valores e regras cotidianas, ao mesmo tempo em que mescla individualidade e coesão social.

No Brasil, o Carnaval chegou a partir das festas que ocorriam na Europa, sobretudo na Itália e na França, no século XVII. As fantasias de pierrô (pierrot) e de colombina, comuns em terras europeias, foram logo incorporadas ao carnaval brasileiro. Como manifestação popular, as festas de Carnaval tradicionalmente aconteciam nas ruas, com desfiles de fantasias. Mais tarde, passaram a ser celebradas de forma privada, em clubes, onde eram tocadas marchinhas e sambas e outros gêneros musicais que também foram incorporados à maior manifestação cultural do Brasil.

Já que o Carnaval é pura diversão é preciso estar alerta também com a saúde e “usar camisinha” faz tanto sentido. A geração mais nova parece ter perdido o medo da Aids, provavelmente porque não viveu o drama da doença de uma forma mais intensa, como as gerações anteriores presenciaram, principalmente nos anos 80. O que os jovens esquecem é que o HIV ainda é totalmente incurável. Se consegue até um certo grau de controle, mas com o uso de medicamentos que tem efeitos colaterais importantes, que limitam muito a vida do paciente.

Certamente que o Ministério da Saúde anunciará nos próximos dias campanha de prevenção contra a Aids e outras doenças sexualmente transmissíveis. Estima-se que cerca de 850 mil pessoas vivem com o HIV. De acordo com o Boletim Epidemiológico de HIV e Aids, a epidemia no Brasil está estabilizada, com taxa de detecção de casos de Aids em torno de 18,5 casos a cada 100 mil habitantes, em 2016. Isso representa 40,9 mil casos novos, em média, nos últimos cinco anos.

O Brasil apresentou em 2016 queda de 5,2% dos casos de taxa de detecção de Aids em relação a 2015, com 18,5 registros para cada grupo de 100 mil habitantes em relação a 2015 (19,5 casos). Já a mortalidade apresenta redução desde 2014, passando de 5,7 óbitos por 100 mil habitantes em 2014 para 5,2 casos, em 2016.

Pois saiba que o Carnaval toma conta do espírito das pessoas. Os exageros são uma marca. Por isso, as pessoas bebem e comem tanto, visto que a Quaresma é tempo de preservação do corpo e do espírito.

Para muitos, 2019 começa somente depois do Carnaval.

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