Crime

Preso em São Luís suspeito de matar secretário de saúde

Crime ocorreu em Cândido Mendes em fevereiro de 2014; segundo a polícia, o atual prefeito Mazinho do Leite e a viúva da vítima, estariam envolvidos no crime

Atualizada em 11/10/2022 às 12h27
Ex-funcionário de Cândido Mendes Ney Moreira Costa, quando era conduzido pelo delegado da SHPP
Ex-funcionário de Cândido Mendes Ney Moreira Costa, quando era conduzido pelo delegado da SHPP (Ney Moreira Costa, quando era conduzido pelo delegado da SHPP)

SÃO LUÍS - A polícia prendeu, ontem, na Vila Passos, em São Luís, por ordem judicial, o ex-funcionário do município de Cândido Mendes, Ney Moreira Costa, acusado de envolvimento na morte do secretário de Saúde dessa cidade, o farmacêutico e bioquímico Romerson Robson, de 54 anos. O atual prefeito do município, José Ribamar Leite de Araújo, o Mazinho Leite, e a viúva da vítima, a ex-procuradora de Cândido Mendes, advogada Edna Maria Cunha Andrade, também estão sendo investigados por envolvimento nesse crime. A prisão do ex-funcionário foi feira por uma equipe da Superintendência de Homicídio e Proteção a Pessoas (SHPP) e representantes do Ministério Público.

O assassinato ocorreu no dia 21 de fevereiro de 2014, no povoado Águas Belas, zona rural de Cândido Mendes. Segundo o delegado Guilherme Sousa Filho, da SHPP, Ney Moreira foi preso em sua residência, na região central da capital. Ele foi levado para a sede da SHPP, na Beira-Mar, e, logo após ser ouvido pela Polícia Civil e o Ministério Público do Maranhão, foi levado para o Complexo Penitenciário de Pedrinhas onde vai ficar à disposição do Poder Judiciário.

O delegado disse, também, que o detido e Edna Maria Cunha Andrade estavam com a vítima no mesmo veículo no dia do crime e haviam dado versões contraditórias sobre o caso para a polícia. “Ney Moreira teve a sua prisão solicitada devido ter apresentado declarações contraditórias. Ele primeiramente deu uma versão na delegacia de Zé Doca e em seguida relatou um outro aspecto sobre esse mesmo crime na SHPP. Isto precisa ser esclarecido”, explicou o delegado.

Investigação

Guilherme Sousa Filho informou que esse crime começou a ser investigado pela Delegacia Regional de Zé Doca, mas foi transferida para a SHPP no início do ano passado devido à complexidade do caso e por determinação da cúpula da Secretaria de Segurança Pública (SSP).

O delegado declarou que esse caso tinha duas versões. A primeira que o alvo dos executores seria o prefeito de Cândido Mendes, sustentada por Mazinho Leite em depoimento para a polícia. No dia do assassinato, o gestor municipal José Ribamar Leite de Araújo e Romerson Robson foram no mesmo veículo ao povoado Águas Belas, em Cândido Mendes, mas somente o secretário de saúde, a sua mulher Edna Maria e Ney Moreira retornaram nesse carro.

Ainda em Águas Belas, Romerson Robson foi baleado e chegou a ser levado para o Hospital de Governador Nunes Freire, mas morreu antes de ser submetido a tratamento cirúrgico. O delegado Guilherme Sousa Filho declarou, ainda, que esse assassinato, investigado pela SHPP, poderia ser um crime passional ou de cunho político.

A polícia chegou até mesmo a pedir autorização do Tribunal de Justiça para investigar a participação de Marzinho Leite nessa ação criminosa. “Como gestor municipal tem foro privilegiado, então, é necessário a autorização do Poder Judiciário”, detalhou o delegado.

Extraconjugal

O delegado explicou que a vítima descobriu que a sua esposa estaria tendo uma relação extraconjugal com Marzinho Leite e ameaçou denunciar o desvio de verbas públicas da saúde no município. Ficou constatado, também, por meio de perícia técnica, que os tiros que vitimaram o secretário de saúde, teriam partido de dentro do veículo onde estavam Edna Maria e Ney Moreira. “Eles disseram para a polícia que os tiros foram disparados por pistoleiros que estavam em outro carro”, disse o delegado.

De acordo com o delegado, no decorrer deste semestre, Mazinho Leite e Edna Maria devem ser ouvidos pela polícia. O Estado entrou em contato por telefone com a prefeitura de Cândido Mendes para obter mais informações sobre esse caso, mas até o fechamento desta edição não obteve resposta.

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