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DGE 2018: Maranhão nas últimas posições em indicador de Saúde Pública

No ranking geral de Saúde, que levou em consideração três aspectos, Maranhão é o 24º colocado; estado ocupa a última posição em expectativa de vida e 22ª posição em mortalidade infantil

Ronaldo Rocha da editoria de Política

Atualizada em 11/10/2022 às 12h27
(Socorrão I)

O estudo Desafios da Gestão Estadual (DGE) 2018, realizado pela Macroplan, classificou o Maranhão na 24ª posição no ranking geral nos indicadores de saúde pública. O baixo desempenho do estado foi atestado em três principais aspectos: expectativa de vida, mortalidade infantil e taxa de mortalidade prematura por doenças crônicas não transmissíveis.

No ranking geral o Maranhão ficou à frente apenas de Roraima, Alagoas e Piauí. Destes contudo, é o estado governado pelo comunista Flávio Dino (PCdoB) que mais acumula queda na última década. Foram seis posições perdidas na classificação geral.

Em dezembro do ano passado, quando foi divulgado o relatório DGE 2018, O Estado mostrou, em reportagem, que o Maranhão também ocupa as últimas posições em aspectos como pobreza [2016 e 2017]; acesso à telefonia [2016 e 2017]; acesso à internet [2015 e 2016]; renda domiciliar per capita [2016 e 2017]; PIB per capita [2015 e 2016] e informalidade [2016 e 2017].

Na saúde, o primeiro aspecto analisado foi a expectativa de vida. Neste quesito, o Maranhão ficou na última colocação, com uma previsão de 70,9 anos para o povo maranhense. O primeiro estado no quesito é Santa Catarina, com uma expectativa de vida de 79,4 anos.

Em média, segundo o IBGE, um brasileiro vive 76 anos. O Maranhão, portanto, está abaixo da média nacional. O objetivo apontado pelo Ministério da Saúde é de que o Brasil eleve a sua expectativa de vida para uma média dos países da OCDE [80 anos].

Mortalidade infantil

Outro aspecto analisado pelo relatório DGE e que coloca o Maranhão nas últimas posições do ranking nacional, diz respeito a mortalidade infantil.

O estado ocupa hoje a 22ª posição, à frente apenas de Roraima, Amazonas, Rio Grande do Norte, Goiás e Rio de Janeiro.

Pelo relatório, mais de 50% dos óbitos no Maranhão ocorrem na fase Neonatal precoce. Outra fatia considerável dos óbitos acontecem na fase Pós-neonatal e a menor faixa ocorrem na fase Neonatal tardia.

Cerca de 70% dos óbitos registrados no Maranhão na fase infantil, segundo o levantamento, ocorrem por causas evitáveis.

Em 2016, segundo o DGE, as causas das mortes em todo o país – e também no Maranhão -, poderiam ser evitadas se houvesse uma adequada atenção à gestante, ao recém-nascido e à mulher no parto.

Taxa de óbitos

Outro aspecto analisado pelo relatório e que preocupa, diz respeito a taxa de óbitos prematuros por doenças crônicas não transmissíveis. Apesar de estar melhor colocado em relação aos dois primeiros aspectos, o Maranhão ocupa a 13ª posição, com uma elevação da taxa nos últimos anos. A taxa do Maranhão é de 254,4.

De acordo com o relatório, em 2016 o país registrou 527,1 mil óbitos na população entre 30 e 69 anos. Desses, 56% (ou 301,4 mil) foram causados por Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT). O número equivale a uma taxa de 296 óbitos por 100 mil habitantes na mesma faixa etária. Entre os óbitos por DCNT, 84% devem-se a neoplasias ou doenças cardiovasculares. A taxa do Maranhão, portanto, é elevada e próxima do teto analisado pelo indicador.

OUTRO LADO

O Estado entrou em contato com o Governo do Maranhão, por meio da Secretaria de Estado da Comunicação e Assuntos Políticos para obter um posicionamento a respeito da classificação do estado no indicador de Saúde Pública no DGE 2018. Até o fechamento desta edição, contudo, não obteve resposta.

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