PEDIDO

Sem apoio, Escola Comunitária luta para se manter ativa

Crianças carentes da Vila Embratel são beneficiadas; a instituição atende mais de 60 alunos, de 4 a 12 anos de idade.mas está faltando material

IGOR LINHARES / O ESTADO

Atualizada em 11/10/2022 às 12h27
Professora Maria de Fátima Martins atendo os seus alunos na Vila Embratel
Professora Maria de Fátima Martins atendo os seus alunos na Vila Embratel (Professora)

SÃO LUÍS - Uma escola comunitária, localizada na Vila Embratel, carece de material paradidático para continuar atendendo crianças humildes do bairro. Fundadora da instituição lamenta a falta de apoio de órgãos públicos para a amparar o serviço oferecido há mais de 20 anos à comunidade e que atualmente atende 65 alunos. Para manter as atividades, Maria de Fátima Martins, única professora da escola, conta apenas com doações de R$ 40,00, feitas mensalmente pelos pais e responsáveis de crianças atendidas.

O funcionamento da Escola Comunitária Nossa Senhora de Fátima, que funciona como reforço para mais de 90% das crianças, tem sido possível devido a dedicação da professora Martins, que cedeu três cômodos de sua casa, localizada na Rua Santa Tereza, para oferecer atividades educacionais às crianças carentes da Vila Embratel. “Eu sempre dei aula em casa, mas para um número reduzido de crianças. Após a saída de meus dois filhos de casa, pude ampliar o espaço, contando com a ajuda de um programa de televisão. De lá para cá, muitas doações chegaram e é o que vem possibilitando a continuidade desse projeto”, contou a professora.

Em 2013 a Defensoria Pública do Estado do Maranhão (DPE-MA) tomou conhecimento sobre o espaço e doou equipamentos para contribuir para a comodidade dos alunos, que têm de quatro a 12 anos de idade. Mesmo com poucos recursos, a fundadora não abandona o projeto que, segundo ela é “uma construção de sonhos”, tanto dela quanto das crianças e de suas famílias, que têm a oportunidade de oferecer uma melhor educação aos pequenos, isentando-os de riscos e outros males.

“Dar aula é uma paixão que eu tenho desde o meu tempo de escola, por isso tanto sacrifício para manter a instituição funcionando”, declarou Martins. Mas, apesar dos esforços da idealizadora, demandas básicas não podem ser supridas com o que ela recebe de contribuição dos pais. “A gente tem pouquíssimo material didático, como cadernos, folhas de papel e até mesmo livros, além de materiais higiênicos e lanches para as crianças. Alguns até trazem de casa, mas seria interessante que todos tivessem acesso”, lamentou.

Apesar dos pesares, Maria de Fátima celebra uma conquista: a doação de fardamento realizada pelo empresário Ilson Mateus, presidente da rede supermercadista Mateus. “Em dezembro tivemos a felicidade de receber nossas fardas. É muito gratificante ver o sorriso no rosto de cada criança após cada gesto como este”, ressaltou.

Para continuar atendendo à comunidade, a fundadora do projeto já solicitou ajuda de órgãos públicos municipais e estaduais, mas, além da DPE-MA, não houve nenhuma manifestação. Neste contexto, Maria de Fátima pede a ajuda da população, que pode entrar em contato por meio do telefone (98) 98885-4685 ou no local onde está instalada a Escola Comunitária Nossa Senhora de Fátima, na Rua Santa Tereza, nº 14, Vila Embratel.

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