Estado Maior

Republicanismo de fachada

- Atualizada em 11/10/2022 às 12h27

Na esteira do debate que manteve com o deputado federal eleito Márcio Jerry (PCdoB) durante a semana, o deputado estadual Adriano Sarney (PV) condenou em suas redes sociais, na sexta-feira, 11, o que considerou “republicanismo de fachada” das esquerdas maranhenses.
As críticas foram acirradas depois de Jerry e apoiadores do governo Flávio Dino (PCdoB) comemorarem a aproximação com a gestão de Jair Bolsonaro (PSL). E atacarem o parlamentar do PV, que os criticou por boicotar o governo federal, ao mesmo tempo em que tentam se locupletar dele.
Adriano destacou que a postura assemelha-se ao que o PCdoB tem praticado nos últimos anos no Maranhão, onde atualmente faz ferrenha oposição ao grupo Sarney - de forma, avalia ele, muitas vezes baixa -, mesmo já tendo sido parte de uma gestão sarneyzista.
“Nos últimos anos, eles ficam repetindo essa história de oligarquia e de 40 anos. Mas eu lembro que o PCdoB integrou as duas primeiras gestões da ex-governadora Roseana. Naquela época, não tinha oligarquia, o que tinha era muito comunista ocupando cargo e defendo o governo com unhas e dentes”, ironizou.
O deputado se referiu aos mandatos que se estenderam de 1994 a 2002, quando o PCdoB era uma das principais legendas de apoio a Roseana Sarney. Na época, comunistas ocupavam cargos de destaque no governo. Como a Gerência Regional de Santa Inês, comandado por Marcos Kowarick, a Presidência do Instituto de Terras do Maranhão (Iterma), com Stefano Silva Nunes, e a Direção Fundiária do Iterma, com Eurico Fernandes.
Adriano lamentou a forma de fazer política do partido. “Quando a oportunidade de derrubar adversários se apresenta, o PCdoB sobe no palanque. Quando aparece uma oportunidade de se aproveitar de adversários, o PCdoB faz reuniões em gabinetes. Aí, quando alguém denúncia, eles dizem que é patrulha. Esse é o republicanismo de fachada do PCdoB”, afirmou.

Esquentou I
Esquentou de vez a briga entre os prefeitos de Tuntum, Cleomar Tema (PSB), e de Igarapé Grande, Erlânio Xavier (PDT), pelo comando da Famem.
Na sexta-feira, 11, Tema anunciou os apoios dos prefeitos Miguel Lauande, de Itapecuru-Mirim; de Ruivo, do município de Cantanhede; e de Dr. Washington, de Bacuri.
Ele já havia confirmado, dias antes, o apoio do prefeito de Pindaré, Henrique Salgado (PCdoB).

Esquentou II
De outro lado, Erlânio Xavier aguarda a próxima semana para dar aquela que espera ser a tacada final na disputa.
O pedetista marcou para o dia 16, em São Luís, um encontro no qual espera contar com a presença de, pelo menos, uma centena de prefeitos aliados.
A eleição para o comando da entidade está marcada para o dia 30 de janeiro.

Dinheiro tem
O deputado federal eleito Eduardo Braide (PMN) declarou durante a semana que cobrará do Governo do Maranhão a nomeação de todos os soldados que passaram pelo curso de formação da PMMA.
Segundo ele, falta de recursos não pode ser desculpa para a não nomeação.
- Aprovei o orçamento deste ano com a previsão de recursos para a nomeação desses soldados, que aguardam o ato do Poder Executivo. A eles, o meu apoio: a segurança pública e o Maranhão precisam de vocês - afirmou.

Retratação
A dupla mineira que ganhou notoriedade nesta semana após a divulgação de um vídeo com declarações xenofóbicas decidiu retratar-se.
O empresário Lucas Paolinelli Campos e o médico veterinário Vinícius Silveira Raposo divulgaram nota de retratação pública por ofensas ao Norte e Nordeste.
Segundo eles, o vídeo - “infeliz e de péssimo gosto” - era “uma brincadeira privada” que acabou tomando repercussão incontrolável.

Nada disso
O secretário de Estado da Segurança Pública do Maranhão, Jefferson Portela, entrou em contato com a coluna para reclamar de nota em que se disse que a gestão da SSP é incompetente e sem comando.
Segundo ele, essa seria uma crítica pessoal - o que não é, já que a coluna avalia a gestão da Segurança Pública como um todo.
Portela diz, em sua defesa, que comanda a pasta “com mão de ferro” e tem apresentado resultados rápidos nos casos de crimes violentos no estado.

DE OLHO
R$ 1,4 bilhão
é quanto
prefeituras maranhenses pagariam a um único escritório de advocacia por recuperação de recursos do Fundeb, antes de suspensão pelo STF.

Confusão
Segue em Timon o imbróglio sobre a eleição para a Mesa Diretora da Câmara Municipal.
Na sexta-feira, 11, o juiz Rogério Monteles da Costa anulou o pleito em que se havia alçado ao comando da Casa o vereador Helber.
Aliados do prefeito Luciano Leitoa (PSB) acusam a ex-prefeita e vereadora Socorro Waquim (MDB) de articular um golpe para que a oposição siga mandando no Legislativo.

E MAIS

• O Ministério Público deve acompanhar as investigações sobre a anulação do seletivo para escolha de diretores de hospitais do Maranhão.

• Por falar nisso, quem comemorou a anulação foram deputados aliados do governo Flávio Dino (PCdoB) que atualmente mantêm aliados em postos de diretoria nas unidades estaduais.

• Em Caxias, chama atenção a atuação política do juiz Antonio Velozo; por lá, corre a notícia de que ele abandonará a toga para candidatar-se a prefeito em 2020.

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