Artigo

Pepitas em breve colheita

Atualizada em 11/10/2022 às 12h27

Experiências da vida há que são marcantes; demarcam a vida de cada um de forma indelével. Às vezes são irreversíveis. De pequenos episódios que sejam, podem num somatório adquirir grandezas insuspeitadas próprias de marcar toda uma existência.

Lembro-me assim de certo amigo que um dia resolveu mudar a rotina de vida. Tentar a sorte num garimpo, uma qualquer Serra Pelada, quando poderia (quem sabe!) bamburrar. Seria tirar o pé da lama e um dia poder voltar à cidade para o merecido conforto de ricaço.

Vezes havia, no entanto, que o almejado bambúrrio não passava de inexpressivas pepitas, o bastante tão só para a mantença do dia a dia. Não dava para enriquecer mas já ajudava a matar a fome. Se as pepitas não chegavam para o bamburro ideal pelo menos eram gratificantes como Deus fosse servido.

Eis-me que, neste começo de ano, e desiludido quanto ao bamburrar, dei-me por satisfeito em garimpar míseras pepitas na paisagem noticiosa. Vão por tópicos.

•“Meninos vestem azul, meninas vestem rosa”, verbalizou a ministra Damares. Foi um deus-nos-acuda. A comunidade LGBT deu-lhe em cima, sem piedade. É que a ministra, inocentemente, usou um simbolismo da linguagem expressivo daquilo que está na naturalidade das coisas. Foi malhada, entretanto, porque esqueceu de dizer que meninos que devem ser formados no boiolismo, esses devem vestir rosa.

•Papa dirige candente carta aos bispos católicos americanos tendo por tema a condenável prática da pedofilia. O papa está certo, os bispos devem ser advertidos - tudo bem. Sucede que pessoas que leram o extenso documento papal dizem nele não ter vislumbrado a mínima referência ao homossexualismo a integrar a indigitada relação anômala. E seria necessário? Cabe a pergunta. Quem conhece a realidade subjacente do que se passa no íntimo desse tipo de relacionamento, sabe perfeitamente que gays e pedófilos sempre estão juntos. A referência, no caso, seria indispensável pelo menos como forma de profilática advertência.

•A Folha de S. Paulo é um jornal que se diz isento e aberto ao debate. Soa estranho, assim, que enquanto os outros jornais e revistas, todos, no mesmo período, indiquem entre os mais bem vendidos dois livros do escritor Olavo de Carvalho, a Folha faça leitura bem diferente dessas vendas para dar registro negativo aos dois livros. Isenta como ela se proclama, certamente haverá de dizer que os outros pesquisadores de mercado é que estão errados. Mais uma vez, o soldadinho que marchava em descompasso ao batalhão.

•O Lula jogou fora a última eleição porque quis: capricho, egoísmo, vontade de ganhar sozinho ou simples burrice. Todos perceberam que em aliança com Ciro Gomes, guardada a vice-presidência, dificilmente Bolsonaro teria levado a melhor. O Lula é um gênio, afirma-se. Mas essa sua genialidade ficou guardada para o crime, a fraude e a safadeza. Os lances da grande política não são a sua praia.

•Todos os grandes jornais do exterior registraram, em destaque, que a eleição de Bolsonaro foi uma “vitória da extrema direita”. Tirante a possibilidade de má-fé e desinformação, esses redatores devem ser levados a matricular-se num cursinho intensivo de ciência política para que aprendam a bem utilizar conceitos elementares de um ofício com o qual são obrigados a lidar no dia a dia das redações. Em todo o caso, o episódio serviu para demonstrar o quanto de envenenadas se tornaram as redações pelo marxismo cultural.

Meras pepitas. Desvaliosas, mas cintilantes.

Pedro Leonel

Advogado

E-mail: plpcadv@gmail.com

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