Violência

Mulher é achada morta e enterrada na casa do ex-namorado

Magda Carvalho Oliveira, de 25 anos, estava desaparecida desde a terça-feira, dia 08; Wellisson Farias Martins, de 22 anos, é o principal suspeito do crime

Daniel Júnior

Atualizada em 11/10/2022 às 12h27
Magda Carvalho Oliveira que foi achada morta em Barreirinhas
Magda Carvalho Oliveira que foi achada morta em Barreirinhas (mulher)

Barreirinhas - A polícia investiga um crime com sinais de feminicídio registrado em Barreirinhas, a 254 km de São Luís. Uma mulher identificada como Magda Carvalho Oliveira, de 25 anos, foi achada morta e enterrada no quintal da casa do ex-namorado, na última quinta-feira, 10. Wellisson Farias Martins, de 22 anos, foi preso como o principal suspeito de ter cometido esse crime. Com ele, os policiais militares apreenderam o celular da vítima.

De acordo com informações da família da jovem repassadas a polícia, Magda estava desaparecida desde a terça-feira, 08, quando tinha saído de casa para realizar umas cobranças. Ela trabalhava em uma ótica da cidade. Com desconfianças de que o ex-namorado estivesse com Magda, os familiares decidiram avisar aos policiais que foram até a residência de Wellisson Farias e após buscas, com a ajuda do Corpo de Bombeiros, encontraram o corpo da jovem enterrado no quintal da residência dele.

Ainda conforme os policiais, Magda Carvalho Oliveira foi encontrada com as mãos amarradas e havia um pano no pescoço com sinais de esganadura. O corpo de Magda Carvalho Oliveira foi encaminhado para a realização de um laudo cadavérico, que apontará de fato as causas da morte.

No Maranhão, a maior parte dos assassinatos de mulheres ocorrem em cidades do interior do Estado, de acordo com dados da Secretaria de Segurança Pública (SSP-MA). No ano anterior, dos 42 crimes contra mulheres caracterizados como feminicídio, 37 foram no interior e cinco na Grande Ilha – região composta por São Luís, São José de Ribamar, Paço do Lumiar e Raposa.

Um crime contabilizado como feminicídio foi registrado a pouco mais de um mês na cidade de Barra do Corda, a 462 km de São Luís. Após registrar um Boletim de Ocorrência e ter uma medida protetiva a seu favor, Dalvalene Viana foi morta a facadas pelo ex-companheiro na madrugada da segunda-feira 03 de dezembro, no bairro Cerâmica. Uma vizinha e a filha da vítima, de 09 anos, presenciaram o momento em que ela agonizava, após os golpes desferidos. A vítima foi morta quando chegava em casa, durante a madrugada. Ela recebeu cinco facadas quando estava na calçada de sua residência. Minutos antes de morrer, Dalvalene chegou a falar para uma vizinha e a filha que havia sido esfaqueada pelo seu ex-marido. Suspeito do crime, José Felipe da Silva, de 50 anos, foi preso.

Denúncias:

As mulheres vítimas de violência, da capital e/ou do interior, podem registrar denúncia, por meio do 180 e/ou podem se dirigir até a Casa da Mulher Brasileira, situada na Av. Prof. Carlos Cunha, 572, no Jaracati, em São Luís. Além disso, pode acionar o 190 – número da Polícia Militar. No interior, as vítimas podem, também, procurar a delegacia da cidade e ligar para o 190.

Preocupante:

Estudo:

Um estudo realizado pelo Ministério da Saúde aponta que três entre cada dez mulheres que morreram no Brasil por causas ligadas à violência já eram agredidas frequentemente. O levantamento foi feito com base no cruzamento entre registros de óbitos e atendimentos na rede pública de 2011 a 2016.

“Vimos que essas mulheres já tinham recorrido aos serviços de saúde, apresentando ferimentos de agressões”, diz a diretora do Departamento de Vigilância de Doenças e Agravos Não Transmissíveis da pasta, Maria de Fátima Marinho Souza, que coordenou o trabalho. Para ela, o resultado deixa claro o caráter crônico e perverso dessa vivência e a necessidade de se reforçar a rede de assistência. “Se medidas de proteção tivessem sido adotadas, talvez boa parte desses óbitos pudesse ter sido evitada”.

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