Sabotagem

MEC exonera funcionários que alteraram edital de livros didáticos

Suspeita de sabotagem em edital que desconsiderava erros de impressão, ausência de referências bibliográficas, diversidade étnica e propaganda causou demissões

José Linhares Jr

Atualizada em 11/10/2022 às 12h27
(Ricardo Velez Rodrigues)

O ministro da Educação, Ricardo Velez, ordenou a exoneração de todos os funcionários do governo anterior que alteraram o Aviso de Retificação do edital do PNLD 2020. Entre os dez funcionários desligados, está o chefe de gabinete do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), Rogério Fernando Lot. Ele foi apontado como o responsável pelas polêmicas alterações no edital do Programa Nacional do Livro Didático (PNLD).

O caso ganhou repercussão nesta semana após a divulgação de que o Ministério da Educação publicara edital que orientava a produção de livros escolares sem a exigência de referências bibliográficas que sustentem a estrutura editorial dos livros. O edital ainda retirava trechos como o compromisso com a não violência contra as mulheres, a promoção de povos do campo e de culturas quilombolas.

Assim que os erros foram detectados, Ricardo Vélez Rodríguez tornou sem efeito o edital, cuja produção foi realizada pela gestão anterior do MEC e enviada ao FNDE em 28 de dezembro de 2018.

Investigações do MEC nesta semana trabalham com a hipótese de sabotagem. Os funcionários do setor, comandados por Rogério Fernando Lot, teriam alterado o edital propositadamente para prejudicar o ministro Ricardo Vélez.

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