O Caçador de Enigmas

Padre Quevedo morre aos 88 anos em Belo Horizonte

Parapsicólogo, autor de dezenas de livros e por quadro no Fantástico onde usava o bordão ''Isso non ecziste'', religioso morreu na Casa Irmão Luciano Brandão, onde morava desde 2012

Atualizada em 11/10/2022 às 12h27
Padre Quevedo morreu na madrugada de ontem por complicações no coração
Padre Quevedo morreu na madrugada de ontem por complicações no coração (Divulgação)

BELO HORIZONTE - Oscar González Quevedo Bruzan, o Padre Quevedo, de 88 anos, morreu na madrugada de ontem (9), em Belo Horizonte, por complicações cardíacas. Padre Quevedo morreu na Casa Irmão Luciano Brandão, no Bairro Planalto, na capital mineira, onde são atendidos jesuítas idosos e com problemas de saúde. Ele morava no local desde 2012.

A assessoria de imprensa da Casa Jesuíta não divulgou o local do velório do religioso alegando que a cerimônia será restrita a amigos e parentes. O enterro está marcado para hoje, às 11h, no Cemitério Bosque da Esperança, no Bairro Jaqueline, Norte de Belo Horizonte.

Natural de Madri e naturalizado brasileiro, Padre Quevedo é considerado um dos maiores especialistas do mundo na área de parapsicologia e autor de dezenas de livros, muitos dos quais traduzidos para outras línguas, como "O que é parapsicologia", "A Face Oculta da Mente" e "As Forças Físicas da Mente". Além de parapsicologia, era formado em filosofia, teologia e humanidades clássicas.

Na década de 1970, ficou famoso por desmascarar o ilusionista Uri Geller, que dizia entornar talheres com seus poderes paranormais.

"Isso non ecziste"

O religioso ganhou, anos depois, um quadro no Fantástico para desvendar fenômenos da natureza e desmascarar charlatões. Ficou famoso pelo bordão "Isso non ecziste".

Segundo o site Memória Globo, a ideia surgiu em agosto de 1999, quando a produção do programa decidiu colocar no ar um quadro que seguisse a linha de Mister M, sucesso de audiência naquele ano. Após negociações, Padre Quevedo aceitou o convite, dizendo que não interpretaria nenhum personagem, já que era um estudioso com a missão de “desmistificar essa mentalidade mágica que envolve os fenômenos parapsicológicos”.

O Caçador de Enigmas foi ao ar entre janeiro e maio do ano 2000, com apresentação de Cid Moreira que, diante de um fundo preto, parcialmente iluminado, apresentava o assunto do dia em clima de mistério: “esse é um caso para padre Quevedo.”

O religioso investigou casos como o de gêmeas que diziam sentir as mesmas coisas, mesmo estando separadas; expôs a farsa de uma casa mal-assombrada; interpretou gravações impostores diziam ser do além; comentou casos de premonição envolvendo a queda do Fokker da TAM.

Naturalizado brasileiro

Segundo a Ordem dos Jesuítas, Padre Quevedo ingressou na Companhia de Jesus aos 15 anos. Em 1959, aos 29 anos, chegou ao Brasil e, na década de 1960, naturalizou-se brasileiro.

Ele foi professor universitário de parapsicologia no Centro Universitário Salesiano de São Paulo (Unisal) e no Centro Latino-Americano de Parapsicologia (Clap), onde também foi diretor.

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