Investigação

Morte de motorista do aplicativo Uber é investigada

Um dos passageiros que estavam no carro tem passagem pela polícia por roubo na época de sua adolescência, mas a polícia investiga a briga no trânsito

Daniel Júnior

Atualizada em 11/10/2022 às 12h27

São Luís – Um dos responsáveis pelas investigações do assassinato de um motorista do aplicativo Uber na noite do último domingo, 06, no bairro da Liberdade, em São Luís, o delegado George Marques, da Superintendência de Homicídio e Proteção à Pessoa (SHPP), afirmou ontem que um dos quatro passageiros que estavam no veículo, sendo três homens e uma mulher, tem passagem pelo crime de roubo quando adolescente, porém isso não significa dizer que essa mesma pessoa tenha praticado algum assalto e depois ter matado o motorista.

“Ainda não sabemos o que de fato aconteceu no dia do crime. Ouvimos os depoimentos dos quatro passageiros que estavam no carro. Sabemos que um deles tem passagem pelo crime de roubo quando era menor, mas isso não significa dizer que ele assaltou e depois matou o motorista. Há diversas possibilidades, pode ter sido uma tentativa de latrocínio, como também uma briga de trânsito, relatada por esses passageiros. Uma coisa que sabemos é que os disparos foram de fora para dentro do carro, que estava em movimento, constatado pela perícia”, esclareceu o delegado George Marques.

Em conformidade com o que foi dito pelos passageiros, a SHPP investiga o crime como sendo em decorrência de uma briga no trânsito, mas não descarta outras possibilidades.

Testemunhas haviam dito que se tratava de um latrocínio (assalto seguido de morte), mas os policiais não adotaram totalmente esta linha de investigação, pois pertences de valor do motorista, como dinheiro e celular, foram deixados no carro.

O delegado informou que as três pessoas disseram em depoimento que seguiam para uma festa de pré-carnaval no bairro Madre Deus, mas no meio do caminho, houve uma discussão do motorista do carro com um motoqueiro, que terminou com tiros disparados pelo homem na moto.

“No trajeto, eles apontam que houve uma discussão com um motoqueiro, que teria 'trancado' o veículo em que eles estavam. Nesta discussão, o motorista teria xingado o motoqueiro, que sacou uma arma e efetuou uns disparos. O motorista continuou seguindo a trajetória e o motoqueiro manteve a perseguição e efetuou mais dois disparos”, disse o delegado sobre a história contada em depoimentos por passageiros.

A Polícia Civil pediu informações para a empresa que administra o aplicativo sobre a rota feita pelo motorista especificamente nesta corrida para confirmar a versão dos passageiros. Imagens de câmeras de residências, empresas e também públicas de videomonitoramento são aguardadas pelos investigadores para reforçar o trabalho previsto para ser concluído em 30 dias.

O crime:

O motorista do aplicativo Uber identificado como Edmilson Pimenta Azevedo, de 54 anos, foi morto na noite do último domingo, 06, na Avenida Luiz Rocha, no bairro da Liberdade, na capital maranhense. Ele realizava uma corrida, quando foi surpreendido por criminosos.

De acordo com a polícia, Edmilson havia deixado uma passageira no bairro Liberdade e estava atravessando a Avenida Luiz Rocha, na capital, quando foi atingido por disparos de arma de fogo na região das costas disparados por criminosos que ainda não foram identificados. No carro, de placas OIW 6295, ficaram diversas marcas dos tiros, que também atingiram e perfuraram o pulmão da vítima.

Ainda conforme a polícia, Edmilson Pimenta ainda tentou sair do local dirigindo por alguns metros, mas acabou batendo o seu veículo em um canteiro central, onde havia uma árvore. Ele chegou a ser socorrido e encaminhado para o Hospital Municipal Djalma Marques (Socorrão I), no centro da capital, mas não resistiu a gravidade dos ferimentos e acabou morrendo. Segundo a polícia, o crime pode ter sido praticado por três homens e uma mulher. A suspeita inicial é que o motorista foi baleado após uma tentativa de assalto.

Números:

Dois motoristas de aplicativo foram mortos em dezembro de 2018 quando trabalhavam. Um foi morto no bairro do Maracanã e outro no Coroadinho.

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