Barbárie

Mais um PM presta depoimento sobre chacina na zona rural

Militar foi ouvido na Superintendência de Homicídios e Proteção à Pessoa (SHPP), por ser o suposto dono de uma arma usada para dar um tiro para cima no dia do crime

Daniel Júnior

Atualizada em 11/10/2022 às 12h27

SÃO LUÍS - A Polícia Civil ouviu ontem o depoimento do policial militar João Inaldo Corrêa Júnior, sobre o assassinato de três jovens na Vila Coquilho, zona rural de São Luís, na última sexta, 04. O militar foi ouvido na Superintendência de Homicídios e Proteção à Pessoa (SHPP), por ser o suposto dono de uma arma usada para dar um tiro para cima no dia do crime. O PM foi liberado.

De acordo com a polícia, o PM Hamilton Caires Linhares, que está preso desde segunda-feira, 07, confessou que perseguiu os meninos e deu um tiro para cima para assustá-los, mas negou a autoria do crime. Ele disse ainda que perdeu a própria arma e que usou uma arma emprestada pelo PM João Inaldo.

A polícia já tinha ouvido na última terça-feira, 08, o depoimento de outro PM identificado apenas como Leonardo, além de um agente penitenciário. Eles faziam a vigilância armada de um condomínio em construção na região, onde os meninos chegaram a ser vistos com vida um dia antes do crime.

A principal linha de investigação é de execução, principalmente pela forma como o corpo dos meninos foram encontrados. A Polícia Civil informou que também já identificou o tipo de arma usada no crime.

As vítimas foram identificadas como Gustavo Feitosa Monroe, de 18 anos; Joanderson da Silva Muniz, de 17 anos, e Gildean Castro Silva, de 14 anos. Eles estavam desaparecidos desde a manhã de quinta-feira, 3, e foram vistos no horário da tarde por vigias que trabalham na obra.

Na sexta-feira, 04, o Instituto Médico Legal (IML) foi acionado por volta das 11h3 para recolher os corpos dos três jovens que foram encontrados na região do Coquilho, na zona rural de São Luís. Os cadáveres estavam em uma área de matagal, nas proximidades da construção do habitacional.

De acordo com as primeiras informações sobre o que teria motivado o triplo homicídio, as vítimas teriam invadido a área de construção para tirar caranguejos e, em decorrência disso, foram assassinados pelos vigilantes da obra.

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