Investigação

PMs e agente penitenciário interrogados sobre chacina

Novos depoimentos foram tomados ontem no inquérito sobre a morte dos três jovens, na zona rural de São Luís; foram ouvidos policiais militares e agente penitenciário

Daniel Júnior

Atualizada em 11/10/2022 às 12h27
PM Hamilton quando chegava para depor; ele está preso e outros são investigados
PM Hamilton quando chegava para depor; ele está preso e outros são investigados (Hamilton)

SÃO LUÍS - Prestaram depoimento na tarde de ontem na Superintendência de Homicídio e Proteção à Pessoa (SHPP), em São Luís, novos policiais militares e um agente penitenciário que prestam serviços como vigilantes para uma construtora responsável pelas obras no habitacional do Minha Casa Minha Vida, na região do Coquilho, zona rural de São Luís, onde dois adolescentes, de 14 e 17 anos, e jovem de 18 anos foram encontrados mortos na última sexta-feira, 4. Eles são suspeitos de participação no assassinato dos os rapazes.

“As armas dos policiais e do agente penitenciário que estavam realizando serviços de vigilância, pessoais ou da corporação, serão apreendidas, para serem periciadas”, disse Lúcio Reis, titular da Superintendência de Homicídio e Proteção à Pessoa (SHPP).

Arma roubada

Na última segunda-feira, 7, o policial militar Hamilton Caíres Linhares, lotado na Companhia de Operações Especiais (COE), foi preso por meio de um mandado de prisão temporário, suspeito de envolvimento no triplo homicídio. O militar já foi ouvido a respeito do crime, e disse que trabalha como vigilante para a empresa, mas que no dia do crime teve a arma roubada. A Secretaria de Segurança Pública do Maranhão (SSP-MA) informou que contra ele ainda será aberto um procedimento administrativo militar.

O caso continua sob investigação da Superintendência de Homicídio e Proteção à Pessoa (SHPP). Vigilantes da construtora também prestaram depoimento. As obras estão suspensas e a Polícia Militar isolou a área onde os crimes foram consumados.

As vítimas foram Gustavo Feitosa Monroe, de 18 anos; Joanderson da Silva Muniz, de 17 anos, e Gildean Castro Silva, de 14 anos. Eles estavam desaparecidos desde a manhã de quinta-feira, 3, e foram vistos no horário da tarde por vigias que trabalham na obra.

De acordo com o delegado Lúcio Reis, as vítimas teriam sido cercadas em uma área de matagal, e os disparos teriam sido ouvidos. O delegado Lúcio Reis, superintendente da SHPP, afirmou que os jovens foram executados a tiros.

Corpos encontrados

O Instituto Médico Legal (IML) foi acionado por volta das 11h33 de sexta-feira, 4, para recolher os corpos de três jovens do sexo masculino que foram encontrados na região do Coquilho, na zona rural de São Luís. Os cadáveres estavam em uma área de matagal, nas proximidades da construção do habitacional.

De acordo com as primeiras informações sobre o que teria motivado o triplo homicídio, as vítimas teriam invadido a área de construção para tirar caranguejos e, em decorrência disso, foram assassinados pelos vigilantes da obra.

SAIBA MAIS:

A Defensoria Pública do Estado (DPE), por meio do Núcleo de Direitos Humanos (NDH), informa que familiares das vítimas podem procurar a sede do órgão, situada na Rua da Estrela, n° 421, na Praia Grande, capital maranhense, para receber ajuda jurídica.

Leia outras notícias em Imirante.com. Siga, também, o Imirante nas redes sociais Twitter, Instagram, TikTok e canal no Whatsapp. Curta nossa página no Facebook e Youtube. Envie informações à Redação do Portal por meio do Whatsapp pelo telefone (98) 99209-2383.