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Artes do Maranhão em noite no Rio de Janeiro

“Noite Maranhense” vai reunir Félix Alberto Lima e Salgado Maranhão, Betto Pereira, Cosme Martins e Flávia Bittencourt em evento com arte diversificada

Atualizada em 11/10/2022 às 12h27
O escritor Félix Alberto é uma das presenças na "Noite Maranhense" no Rio de Janeiro
O escritor Félix Alberto é uma das presenças na "Noite Maranhense" no Rio de Janeiro (Félix Alberto Lima)

SÃO LUÍS -Um momento especial para saudar a literatura, artes plásticas e a música é o que promete a “Noite Maranhense”, evento que ocorre hoje, no Rio Othon Palace, Rio de Janeiro. Na programação, o lançamento de livros de Félix Alberto Lima e de Salgado Maranhão, exposição de pinturas dos artistas plásticos Cosme Martins e Betto Pereira e ainda a participação musical da cantora Flávia Bittencourt. As atrizes Nathalia Timberg e Zezé Motta também estarão no evento onde farão um recital de poesias.

O poeta e compositor Salgado Maranhão, que há décadas está radicado no Rio de Janeiro, fará o relançamento de seu livro “A Sagração dos Lobos” (Editora 7Letras), publicação lançada em 2017 e que já foi apresentada, em março do ano passado, ao público maranhense em noite de autógrafos no Espaço Cultural e Livraria Amei (São Luís Shopping).

O livro é o 14º do poeta Salgado Maranhão e trata da ambivalência da condição humana de ser, a um só tempo, espelho da vida civilizada e animal instintivo e predador. Dividido em quatro partes, cada seção desdobra a interface de um instigante palco de vivências, abordando desde a agonia do drama urbano, ao papel da poesia e do poeta como espectador e testemunha. Toda uma formulação de linguagem, que desenha irreverência verbal sobre um pano de fundo anímico e ancestral.

Vencedor de diversos prêmios literários entre os quais o Jabuti, José Salgado Santos, o Salgado Maranhão, é natural de Caxias (MA). Poeta, jornalista, compositor (letrista) e consultor cultural, iniciou sua vida literária em Teresina (PI) e mudou-se para o Rio de Janeiro, onde frequentou cursou de Comunicação Social, na PUC, e Letras (sem concluir), na Santa Úrsula. Sua obra é das mais conhecidas fora do Brasil, entre os autores de língua portuguesa. Seus livros estão traduzidos em inglês, italiano, francês, alemão, sueco, hebraico, japonês e esperanto. O intelectual mantém estreita relação com o Maranhão, estado que visita com certa frequência.

Já o escritor Félix Alberto Lima lança o livro “Filarmônica para fones de ouvido” (Editora 7Letras) no qual reúne dezenas de poemas que, feito armadilhas encomendadas, subvertem a dinâmica da leitura e encandeiam transeuntes desavisados. “São poemas com asas que, embora retidos numa estrutura de capítulos, flanam com liberdade para além das paredes que ouvem e transpiram”, diz o escritor.

De acordo com o escritor e crítico literário Tom Farias, que assina o prefácio, “a primeira impressão que se tem com a leitura da obra de Félix Alberto é que estamos diante de um poeta que maneja a poesia como o seu instrumento do poder. Não há outra forma de eu me expressar para dizer do meu encantamento ao abrir e fechar cada página desse livro que já nasce potente, predizendo um destino que revela muito sobre um autor que, experimentando versos de expressão livre, mantém alta sinestesia, comunica e, ao mesmo tempo, dialoga com a modernidade do sentir e do versejar”, argumenta Farias.

O livro tem 114 páginas e 80 poemas. Félix Alberto Lima é também autor de “O que me importa agora tanto”, lançado em 2015 pelo selo da Editora 7Letras, e membro da Academia Maranhense de Letras.

Música e pinturas
A noite também guarda espaço para a música de Flávia Bittencourt, que deve apresentar um repertório autoral, mas sem deixar de lado sucessos de sua carreira.

Quem for ao evento também poderá apreciar as telas do maranhense Betto Pereira que divide espaço com o também artista Cosme Martins. Há cinco anos radicado no Rio, o artista plástico e cantor Betto Pereira recentemente expôs suas telas em São Luís na mostra “Telas e Tons”, que ocorreu sede da Procuradoria-Geral de Justiça. A exposição, com curadoria de Carlos Dimuro, reuniu 10 obras do artista maranhense que já vendeu trabalhos para figuras ilustres como Fernanda Montenegro, Fátima Bernardes, Ana Maria Braga, Nathalia Timberg, entre outras.

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