Esclarecimento

Polícia confirma que o vice planejou morte de Ivanildo Paiva

Crime ocorreu entre os dias 10 e 11 de novembro do ano passado, quando o prefeito de Davinópolis foi foi encontrado morto; oito pessoas já estão presas

Daniel Júnior

Atualizada em 11/10/2022 às 12h27
Ivanildo Paiva ao lado de José Rubem durante campanha na eleição anterior
Ivanildo Paiva ao lado de José Rubem durante campanha na eleição anterior (Ivanildo)

IMPERATRIZ _ A polícia confirmou ontem que o vice-prefeito na época José Rubem Firmo (PCdoB) é o principal suspeito de ter mandado assassinar o prefeito de Davinópolis Ivanildo Paiva. Rubem está preso desde o dia 31 de janeiro suspeito de envolvimento no crime. O inquérito policial prossegue na Superintendência de Homicídio e Proteção à Pessoa (SHPP) em Imperatriz, sob a responsabilidade do delegado Praxísteles Martins e oito pessoas foram presas até o momento, inclusive dois policiais militares, um do Maranhão e outro do Pará.

O crime ocorreu entre os dias 10 e 11 de novembro do ano passado, quando Ivanildo Paiva foi sequestrado e depois encontrado morto. José Rubem Firmo era vice de Ivanildo Paiva e tomou posse no último dia 14 de novembro, após o gestor ter sido encontrado morto. “O caso foi esclarecido. Estamos aguardando uns materiais de perícia, que ainda estão pendentes. Faltam alguns depoimentos. Posteriormente, vamos encaminhar o inquérito para o Fórum”, disse Praxísteles Martins. De acordo com a investigação policial, o crime pode está relacionado com motivações econômicas e políticas. O presidente da Câmara Municipal assumiu o cargo de prefeito.

No último dia 26 de dezembro, um empresário identificado como Antônio José Messias foi preso suspeito, também, de ser um dos mandantes do assassinato do prefeito de Davinópolis Ivanildo Paiva A prisão ocorreu na cidade de Davinópolis. Existem interesses empresariais por trás dessa morte e interesses políticos, não há dúvida alguma”, relatou o delegado Praxísteles Martins.

Identidade dos presos:

Os presos são José Rubem Firmo; Antônio José Messias; Francisco de Assis Bezerra Soares, conhecido como "Tita", que é policial militar no Pará e foi preso em Dom Elizeu (PA); José Denilton Guimarães, conhecido como "Boca Rica", que é mecânico; Willame Nascimento da Silva, policial militar do Maranhão lotado em Grajaú; Jean Dearlen dos Santos, o "Jean Listrado", que segundo as investigações é pistoleiro; Douglas da Silva Barbosa, de 22 anos; e Carlos Ramiro Lima Ramos, vulgo Léo. A operação cumpriu mandados de busca e apreensão e prisão nas cidades de Barra do Corda Grajaú e Imperatriz, no Maranhão, Davinópolis e Dom Elizeu, no Pará.

Relembre o assassinato de Ivanildo Paiva:

Após ser sequestrado no sábado (10 de novembro), o corpo de Ivanildo Paiva, de 57 anos, foi encontrado amarrado na manhã do domingo, 11, com marcas de tiros no peito, na cabeça, braços e costas, em uma área de plantação de eucalipto, localizada no povoado Jussara, zona rural da cidade.

Na época, o delegado Eduardo Galvão informou que a vítima tinha costume de passar os fins de semana em sua chácara, no povoado Jussara, zona rural de Davinópolis. Ainda na tarde do dia em que Ivanildo foi sequestrado, populares e parentes ficaram surpresos com o desaparecimento. A propriedade foi encontrada revirada e com marcas de sangue humano.

Também há informações de que ainda, na tarde daquele sábado, homens não identificados foram até a residência da vítima e falaram com o caseiro, de nome não revelado. Eles teriam perguntado onde encontrariam terras naquela região para comprar e teriam chegado a pedir informações sobre o paradeiro de Ivanildo Paiva.

Na manhã seguinte, o caseiro não encontrou mais o prefeito e achou marcas de sangue pela residência da chácara. Ainda há informes de que ele foi sequestrado e teve os pés e as mãos amarradas e, logo após, foi executado por mais de dois criminosos. Os peritos do Instituto de Criminalística (Icrim) ainda estiveram na chácara do prefeito e não encontraram evidências de luta corporal no local.

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