Editorial

Onde ficarão os ambulantes da Deodoro?

Atualizada em 11/10/2022 às 12h27

Que o Complexo Deodoro ficou um espetáculo, todo mundo já sabe. O que ainda havia ficado como uma incógnita era o que aconteceria com as dezenas de bancas de venda informal, de produtos diversos, e principalmente alimentos, que antes ocupavam toda a área das praças e alamedas e atualmente permanecem ao longo da Avenida Gomes de Castro e na frente do Colégio Liceu Maranhense. Esse mistério já tem resposta, embora não agrade a todos.
De acordo com a Secretaria Municipal de Urbanismo e Habitação (Semurh), os comerciantes serão realocados para galerias reformadas para receber o comércio informal e aqueles que optarem por comercializar seus produtos mais próximo de suas casas, no bairro onde residem, receberão apoio do Município.
As galerias em questão estariam sendo preparadas no prédio onde funcionou durante muito tempo o supermercado Lusitana e posteriormente o Bom Preço, na Rua Urbano Santos, em frente a Embratel, área bem localizada, com fluxo constante de pessoas.
A instalação de uma praça de alimentação na área central de São Luís é algo necessário e responsável a ser feito pela administração municipal. O comércio de alimentos a céu aberto, como acontecia na área da Praça Deodoro e hoje se mantém em sua adjacência, é algo extremamente perigoso.
Cientes da mudança, já há comerciantes informais rejeitando o novo espaço, alegando que se na ruas as vendas estão fracas, dentro do prédio ninguém iria, o que não configura verdade absoluta. Eles temem que o espaço se transforme em um segundo Centro de Comércio Informal (CCI), conhecido popularmente como Camelódromo, instalado na Avenida Magalhães de Almeida, ao lado do ponto final do serviço de vans.
A grande diferença entre os dois pontos de comércio informal é o fluxo contínuo de pessoas que transita, pela Deodoro e adjacências diariamente. Se muitos deixaram de parar nas bancas hoje amontoadas, muito se deveu à obra de requalificação do Complexo Deodoro, que durou mais de oito meses para a sua conclusão.
Com o fim dos serviços e toda a beleza do local, o movimento deve retornar paulatinamente, garantindo lucro aos comerciantes, mais uma vez. Transportá-los para um espaço salubre e coberto, atrairá mais visitantes também. Centenas de comerciários e estudantes, além de outros profissionais que atuam no Centro, se sentirão mais à vontade para lanchar e almoçar em um lugar limpo e seco, longe do sol, chuva e poeira, do que no meio da rua. O espaço não é distante da movimentação diária, o que é um ponto positivo para os vendedores informais. Há mais benefícios do que malefícios com relação às novas instalações, é uma questão de adequação, de fazer funcionar e dar certo. Seu temor é infundado e aqueles que ainda assim preferirem não trabalhar no local, podem levar suas bancas para os bairros onde moram. O fato é que o Complexo Deodoro não pode ser ocupado mais uma vez pelo comércio ambulante.

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