As obras do Complexo Deodoro e Rua Grande têm trazido diversos benefícios, no que tange à infraestrutura do centro da cidade, turismo e comércio. Porém, um problema ocasionado pela reforma quase provocou um grave acidente nesta semana. O prédio do Palacete Gentil Braga, localizado na esquina da Rua do Passeio com a Rua Grande, teve parte da estrutura externa do telhado atingida, fazendo com que grandes pedaços de telha caíssem na calçada da via.
Comerciantes da área afirmam que a estrutura foi danificada enquanto a reforma estava acontecendo. Um guindaste, que auxiliava na retirada de postes e fiações para transferi-las para tubulações subterrâneas, teria quebrado a edificação. Os diversos destroços de telha começaram a cair, quase atingindo a cabeça de uma mulher.
A calçada do prédio também foi atingida com a reforma. As laterais da pista da Rua do Passeio tiveram que ser escavadas para a colocação da tubulação. Mas este trabalho acabou fazendo com que buracos se abrissem em várias partes da calçada do Palacete. Pedras foram colocadas pela área, afim de evitar possíveis acidentes, visto o fluxo contínuo de pessoas.
A assessoria de comunicação da Universidade Federal do Maranhão (UFMA), que responde pelo prédio, pediu que uma equipe da empresa terceirizada que realiza as obras no local bloqueasse a área, impedindo a passagem de pedestre nos locais propícios à queda de telhas. Informou, ainda, que a Prefeitura da Cidade Universitária analisará se o pedido de reforma será feito pela própria UFMA ou se será solicitado para a empresa acusada.
O prédio, que teve a finalização de sua reforma entregue neste ano, abriga o Departamento de Assuntos Culturais da UFMA (DAC). Possui salas de aula, audiovisual, música, artes plásticas, biblioteca, administração e cine-teatro para cem pessoas, composto por foyer, palco, camarim, cabine de controle de som, imagem e projeção.
O Estado entrou em contato com a Prefeitura e com o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), mas até o fechamento desta matéria não obteve respostas.
HISTÓRIA
Localizado na Rua Grande, esquina com a Rua do Passeio, o prédio foi edificado no início do século XIX. Com 195 anos de existência, o Palacete Gentil Braga foi palco de encontro de artistas e intelectuais maranhenses no século XIX. Lá eram realizados saraus, reuniões e festas frequentadas por ilustres intelectuais que fizeram parte da história da nossa literatura, como Odorico Mendes, Gonçalves Dias, Sousândrade, João Lisboa, entre outros. O palacete foi residência oficial de Gentil Homem de Almeida Braga, figura importante da literatura maranhense, poeta e escritor da metade do século XVIII, e do primeiro vice-cônsul inglês no Maranhão, John Hesket, em 1808. O prédio possui uma fachada revestida de azulejos portugueses, do fim do século XIX, composto por um pavimento, porão alto e mirante em torre. Apresenta elementos da arquitetura colonial, com elementos ornamentais neoclássicos e arcos ogivais do neogótco.
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