Serviço de inteligência

Heleno diz ser “natural” relação Brasil com EUA

Ministro da GSI falou a respeito da aproximação do serviço de inteligência do Brasil com Israel também

Atualizada em 11/10/2022 às 12h27

BRASÍLIA - O general Augusto Heleno, ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), afirmou ontem que é “natural” uma aproximação do serviço de inteligência do Brasil com seus pares dos Estados Unidos e de Israel.
Heleno deu a declaração durante entrevista a jornalistas após uma visita do presidente Jair Bolsonaro à secretaria de Segurança e Coordenação Presidencial do GSI.
A Agência Brasileira de Inteligência (Abin) fica subordinada ao GSI. O ministro foi questionado se haverá uma maior cooperação das autoridades brasileiras com as americanas e israelenses na área de inteligência.
Heleno afirmou que a cooperação deve ser ampliada de forma natural e que a atuação no Brasil na área “é compatível com a situação geral” no país em relação ao “terrorismo internacional”.
“Nós temos capacidades bem desenvolvidas em termos de inteligência, de troca de informações. A tendência, até pela evolução tecnológica dos equipamentos, é cada vez melhorar mais", disse.
“Israel tem um grande conhecimento desse assunto por razões óbvias, então, a aproximação com Israel, a aproximação com os EUA, com esses países que têm esse campo de poder muito desenvolvido, é natural que aconteça. E vai acontecer também naturalmente”, completou Heleno.
Mudança de embaixada
Heleno foi questionado se o Brasil está preparado para eventuais represálias de muçulmanos caso se confirme a transferência da embaixada do Brasil em Israel de Tel Aviv para Jerusalém. Heleno descartou eventuais ataques ao Brasil.
“Não vai chegar nesse ponto, não. Isso aí é um pensamento do presidente por enquanto. Se acontecer, vai acontecer com precaução e mostrando à comunidade árabe que isso não é nenhuma preocupação. É natural, por que quem disse que a capital era Jerusalém foram os próprios israelenses”, disse o ministro.
Segundo Heleno, a transferência exige a aquisição de um local para eventualmente receber a embaixada em Jerusalém, mas que a decisão não foi tomada em definitivo por Bolsonaro.
“Não houve ainda uma decisão de data, há uma intenção clara de que isso aconteça [a transferência]... O presidente ainda não disse publicamente, não deu publicamente essa decisão, a gente tem ouvido que ele tem essa intenção", declarou.

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