Editorial

Alerta contra o Aedes aegypti

Atualizada em 11/10/2022 às 12h27

O Ministério da Saúde anunciou no final de dezembro que 117 cidades no Maranhão - incluindo a capital São Luís - estão em situação de alerta ou risco de surto de dengue, zika e chikungunya, de acordo com o novo Levantamento Rápido de Índices de Infestação pelo Aedes aegypti(LIRAa) de 2018. Desse total, 94 estão em alerta e 23 em risco de surto das doenças. Outras 100 estão em situação satisfatória. Ainda conforme relatório, a maior parte dos criadouros foi encontrada em depósito de água (1.177), seguida de depósitos domiciliares (317) e lixo (147).

Não é por falta de alerta que as pastas da Saúde estadual e municipal deixarão de atuar no combate ao mosquito Aedes aegypti e, assim, evitar que milhares de pessoas sejam atingidas por essas doenças, que são causadoras de graves consequências à saúde da população. Um detalhe: a cidade começa a receber as primeiras chuvas, o que favorece a proliferação do mosquito transmissor dessas doenças.

Em São Luís, há cerca de dois meses a Secretaria Municipal de Saúde se manifestou sobre as medidas que está tomando para combater o Aedes por meio de diversas ações, dentre estas, as visitas domiciliares em bairros da capital maranhense. É importante, também, a colaboração dos moradores no sentido de evitar criadouros do mosquito.

Ainda segundo a Semus, na época, foi registrada uma redução de aproximadamente 60% no número de casos de dengue e 68% de zika vírus e chikungunya, notificados na capital. Os dados foram observados entre janeiro a setembro deste ano e comparados com o mesmo período do ano passado. As ações são realizadas de forma articulada e integrada, envolvendo as áreas da saúde, limpeza pública, educação e meio ambiente.

A secretaria justifica a queda na incidência da doença na capital ao resultado do trabalho que vem sendo executado em toda a cidade, para reduzir a proliferação do mosquito Aedes aegypti e combater as doenças com ações de enfrentamento diretamente na base do problema, desenvolvendo os serviços de limpeza pública, incentivando o descarte adequado de lixo, conscientizando a população, realizando campanhas educativas nas escolas, nas comunidades.

Em todo o país, 5.358 municípios, 96,2% da totalidade de cidades, realizaram algum tipo de monitoramento do mosquito transmissor dessas doenças, sendo 5.013 por levantamento de infestação (LIRAa/LIA) e 345 por armadilha. A metodologia armadilha é utilizada quando a infestação do mosquito é muito baixa ou inexistente.

O Ministério da Saúde recomenda aos municípios que realizem ao menos quatro vezes ao ano o LIRAa. Em janeiro de 2017, a pasta publicou Resolução nº 12 que torna obrigatório o levantamento entomológico de infestação por Aedes aegypti pelos municípios e o envio da informação para as secretarias estaduais de saúde e destas, para o Ministério da Saúde. A realização do levantamento está atrelada ao recebimento da segunda parcela do Piso Variável de Vigilância em Saúde, recurso extra que é utilizado exclusivamente para ações de combate ao mosquito. Até então, o levantamento era feito a partir da adesão voluntária de municípios.

Conforme balanço do Ministério da Saúde, até 10 de novembro, foram notificados 228.042 casos de dengue em todo o país, um pequeno aumento em relação ao mesmo período de 2017 (226.675). A taxa de incidência, que considera a proporção de casos por habitantes, é de 109,4 casos/100 mil habitantes. Em comparação ao número de óbitos, a queda é de 21% em relação ao mesmo período do ano anterior, passando de 173 mortes em 2017 para 136 neste ano.

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