Baixada

Netanyahu diz que Brasil fará mudança de embaixada em Israel

Declaração do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu ocorreu ontem, no Rio de Janeiro, após encontro com o presidente eleito Jair Bolsonaro

Atualizada em 11/10/2022 às 12h27
(Netanyahu)

BRASÍLIA - O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, afirmou ontem no Rio de Janeiro que o presidente eleito do Brasil, Jair Bolsonaro, assegurou a ele que a transferência da embaixada brasileira de Tel Aviv para Jerusalém era uma questão de "quando, não de se".

"Bolsonaro me disse que era questão de 'quando, não de se' ele vai transferir a embaixada para Jerusalém", disse Netanyahu durante reunião com líderes da comunidade judaica no Brasil, segundo a agência Reuters.

A mais recente declaração de Bolsonaro sobre a transferência da embaixada do país em Israel foi em entrevista ao pastor Silas Daniel. Na entrevista, divulgada no perfil oficial do presidente eleito no Twitter no último sábado (29), Bolsonaro disse que havia ameaças de boicote econômico ao Brasil caso o governo decida fazer a transferência. Na ocasião, ele afirmou estar avaliando a "melhor maneira" de resolver a questão.

Nas declarações dadas neste domingo, Netanyahu destacou a importância do Brasil no contexto regional.

"Atribuímos enorme importância ao Brasil no contexto da América Latina", acrescentou o premiê israelense. "Isso anuncia uma mudança histórica."

Encontro

Netanyahu, que se encontrou com Bolsonaro na sexta (28), destacou que o brasileiro aceitou seu convite para visitar Israel, em uma viagem que deve acontecer em março. Ele é o primeiro primeiro-ministro israelense a visitar o Brasil.

Depois de conhecer o líder israelense, Bolsonaro disse que "precisamos de bons aliados, bons amigos, bons irmãos, como Benjamin Netanyahu".

Tal movimento de Bolsonaro seria uma mudança brusca na política externa brasileira, que tradicionalmente apoia uma solução de dois Estados para o conflito entre Israel e Palestina.

A mudança da embaixada de Tel Aviv para Jerusalém foi defendida por Bolsonaro durante a campanha e também depois de ser eleito.

O gesto, que reconhece Jerusalém como capital israelense, é polêmico. Palestinos reivindicam Jerusalém Oriental como capital de seu futuro Estado. A comunidade internacional, por sua vez, não reconhece a reivindicação israelense de Jerusalém como sua capital indivisível.

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