Editorial

Luta contra doenças e acidentes ocupacionais

Atualizada em 11/10/2022 às 12h27

Se a situação do emprego, em todos os segmentos econômicos, não está fácil no Brasil, com o elevado índice de desocupação. O mesmo vale para a questão de acidentes e doenças relacionadas às atividades laborais, no qual o Brasil é um dos campeões em todo o mundo.

Os números da Organização Internacional do Trabalho (OIT) estimam que a perda em decorrência desses acidentes atinge 4% do Produto Interno Bruto (PIB) de um país. No caso do Brasil, são mais de R$ 200 bilhões perdidos anualmente. Além de valor puro e simples, isso reflete em dias parados, perdas de produtividade e de competitividade das empresas e afeta, sem dúvida, a própria saúde do trabalhador.

Levantamento do Ministério do Trabalho revela que de janeiro a novembro deste ano, foram registradas 3.861 situações de trabalho sujeitas à queda, durante as quase 2 mil fiscalizações realizadas em todo o país, relacionadas ao Serviço Especializado de Segurança e Medicina do Trabalho (SESMT), cujos componentes são responsáveis pela prevenção de doenças e acidentes no trabalho.

Diante desse quadro que ainda é assustador e preocupante, desde 1971, o ministério realiza a Campanha Nacional de Prevenção de Acidentes (Canpat). Este ano, foi uma ação bastante extensa, que durou sete meses, e teve como objetivo conscientizar as pessoas sobre o adoecimento ocupacional e as quedas relacionadas ao trabalho em altura.

Além de buscar sensibilizar empresas, instituições, órgãos e a sociedade de um modo geral, na edição deste ano, a Canpat focou suas ações para as escolas, no sentido de mostrar aos alunos que a prevenção de acidentes no trabalho deve ser um tema que merece atenção e cuidado de todos. Esse trabalho teve a adesão e parceria fundamentais do Conselho Nacional de Secretários de Educação (Consed), União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime) e da Empresa Brasil de Comunicação (EBC).

Como resultado prático e do envolvimento de crianças e adolescentes das escolas de todo o país nessa ação, foi realizado o primeiro concurso da Canpat, onde foram reconhecidos os melhores desenhos, frases e redações sobre a temática.

Também teve como resultado a produção de três cartilhas, que estão disponíveis no site da Escola Nacional da Inspeção do Trabalho (Enit), com as seguintes abordagens: trabalho em altura e NR 35 para as pequenas empresas; adoecimento ocupacional e manutenção em fachadas.

O encerramento da campanha foi marcado pela apresentação do Manual de Fiscalização de Segurança e Saúde do Trabalho em Máquinas Agrícolas Autopropelidas, produzido pela Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) e Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abmaq), com a participação do Departamento de Segurança e Saúde do Trabalho (DSST/MTb).

E na mesma cerimônia, foi assinada a portaria da Norma Reguladora (NR) 37, que dispõe sobre a segurança e saúde do trabalhador em plataformas de petróleo, e celebrado o acordo de cooperação técnica, com o objetivo de consolidar o trabalho conjunto nas atividades de exploração e produção de petróleo e gás, denominada Operação Ouro Negro.

Sem dúvida, mais um avanço conquistado pela sociedade, por meio dessa ação preventiva ao adoecimento ocupacional, que é a Canpat.

Leia outras notícias em Imirante.com. Siga, também, o Imirante nas redes sociais Twitter, Instagram, TikTok e canal no Whatsapp. Curta nossa página no Facebook e Youtube. Envie informações à Redação do Portal por meio do Whatsapp pelo telefone (98) 99209-2383.