Levantamento feito por O Estado com base nos boletins financeiros dos 38 jogos disputados pelo Sampaio Corrêa nas séries B de 2016 e deste ano apontam que o clube que se orgulha “da maior torcida do Maranhão” levou menos de 5 mil pessoas de média para os jogos em casa. No total, foram 4.524 pessoas em cada jogo (com a ressalva de que um dos jogos foi com portões fechados), o que gerou uma renda total nas duas competições de R$ 1.992.780,00.

Considerando apenas os 18 jogos como mandante da Série B de 2018 com torcida, a média cai ainda mais. Ao todo, foram 67.391 pessoas que prestigiaram a Bolívia nos jogos em São Luís, o que gera uma média aproximada de 3.713 torcedores por jogo. Este número, considerando pesquisa feita pelo Globo Esporte.com que analisou os públicos de todas as equipes da B deste ano, coloca o tricolor abaixo de equipes como CRB (AL), Ponte Preta (SP), Coritiba (PR), Avaí (SC), Vila Nova (GO) e CSA (AL). A média de público do Fortaleza (CE), campeão da divisão, de 28.702 é bem superior não somente à do Sampaio como a dos demais clubes.

Nos dois anos de série B (2016 e 2018), o Sampaio levou 171.934 pessoas às partidas no Castelão. A partida contra o Vasco da Gama, no dia 14 de maio de 2016 em que o time maranhense foi goleado por quatro a zero na estreia da competição nacional daquele ano foi a que mais levou público ao Castelão. Neste dia, de acordo com o boletim financeiro divulgado pela Confederação Brasileira de Futebol (CBF), 32.180 pessoas estiveram no estádio. Em contrapartida, em 2016 e 2018, o último jogo do Sampaio no ano contra o Boa Esporte (com 490 pessoas) foi o que registrou a pior presença de torcedores.

Outro dado que chama a atenção nas duas últimas séries B disputadas pelo Sampaio é o quantitativo de jogos que a equipe fez nos fins de semana (preferência no gosto do torcedor). Dos 38 jogos em casa nos dois anos, apenas 15 foram jogados aos sábados. E destes, apenas 9 aconteceram à tarde. Os demais foram à noite, a partir das 19h, horário considerado ruim pelo torcedor boliviano.

Comparativo – Em 2018, o Sampaio levou 37.152 pessoas a menos em comparação à 2016 na Série B. Em 2016, foram 104.543 pessoas, mesmo com rendas consideradas pífias, como a dos dois últimos jogos da Bolívia na competição do referido ano (contra Londrina e Atlético-GO). Na soma das duas partidas, foram 1.289 torcedores. Nestes jogos, o Sampaio acabou sendo derrotado.

Soluções

Uma das soluções para evitar novos públicos baixos em 2019 seria o incremento do programa sócio-torcedor. Apesar de promoções oferecidas pela diretoria tricolor este ano, o público – incomodado com a péssima campanha que resultou no rebaixamento para a Série C – literalmente largou o clube especialmente nas últimas rodadas. A diretoria espera elevar as cotas de arrecadação nos jogos em casa no ano que vem para compensar perdas de receitas, como a de TV. “Infelizmente, a realidade do futebol maranhense não contribui para altos investimentos, e isso inviabilizou a manutenção da nossa base. Teremos um início de ano sem rendas, pagando para jogar no estadual e com cotas de TV reduzidas. Então, teremos que montar uma equipe de acordo com as nossas condições, mas com a certeza de que formaremos um grupo competitivo”, afirmou ao site oficial o presidente do Sampaio, Sérgio Frota.

Dentro de campo

Dentro das quatro linhas, o Sampaio retomará hoje (26) os seus trabalhos em campo após o recesso natalino. De acordo com a programação feita pela comissão técnica, pela manhã, está previsto um trabalho físico e à tarde os jogadores, comandados por Flávio Araújo, farão atividade tática. A expectativa é que a diretoria anuncie nos próximos dias mais duas contratações. Um meio-campista e um atacante são as prioridades.

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