Mensagem

Mensagem de Flávio Dino vai de encontro a realidade de setores no Maranhão

Governador afirmou em mensagem que maranhenses alcançaram mais oportunidades no último ano; dados oficiais, contudo, apontam para o aumento da pobreza extrema

Ronaldo Rocha da editoria de Política

Atualizada em 11/10/2022 às 12h27
(Mensagem de Flávio Dino)

O governador Flávio Dino (PCdoB) divulgou na última sexta-feira, em seu perfil em rede social e na página oficial do Governo do Maranhão no youtube, uma mensagem de fim de ano aos maranhenses.

O conteúdo da mensagem construído pela equipe de marketing do Executivo, contudo, vai de encontro a realidade da situação fiscal, financeira e econômica do Maranhão, e está descontextualizada quando diz respeito à população mais carente do estado.

“Meus amigos, encerramos agora um período de 4 anos em que ampliamos os direitos básicos do nosso povo. Mesmo com a crise do país, os maranhenses hoje têm mais acesso à educação, a saúde, a segurança. Nós, juntos, chegamos aonde nenhum governo havia chegado antes. E pela primeira vez, dezenas de milhares, centenas de milhares de pessoas tiveram acesso a novos serviços públicos. 2018 foi um ano muito importante, pois marcou a renovação desses compromissos, de um Maranhão com mais oportunidade, justiça e prosperidade para todos. Eu quero agradecer muito a confiança. Irei cumprir com determinação a missão de continuar a transformar o nosso estado”, destaca trecho da mensagem.

Ao contrário do que Dino pregou na mensagem, o Maranhão não passa por momento que proporcione maiores oportunidades à população. Pelo contrário, na gestão comunista houve aumento gradativo da extrema pobreza no estado.

Foi o que atestou, por exemplo, o relatório da consultoria Tendências, divulgado no mês de outubro deste ano. Pelo levantamento, o Maranhão é o estado que lidera o ranking negativo da extrema pobreza no país.

Os dados da consultoria Tendências confirmara, na ocasião, o que já havia constatado o relatório do Instituto de Estudos do Trabalho e Sociedade (Iets), divulgado em dezembro de 2017 pelo mesmo Valor Econômico, e que apontava aumento da pobreza entre os anos de 2015 e 2016 no Maranhão em decorrência de um baixo desempenho do setor econômico local.

De acordo com o relatório apresentado pela Tendências, 12,2% das famílias maranhenses viviam, até o ano passado, com menos de R$ 85,00 por pessoa. Em 2014 esse índice era de apenas 8,7%.

Em 2015, no primeiro ano do mandato do governador Flávio Dino, a proporção das famílias que passaram a viver abaixo da linha da extrema pobreza no Maranhão subiu de 8,7% para 11,1%.

Em 2016 essa proporção apresentou uma leve queda, para 10,7% e em 2017 bateu recorde nacional: 12,2%.

Houve também aumento de impostos no Maranhão em duas ocasiões, atraso de salários de médicos – que chegaram a anunciar uma greve em todo o estado -, e aumento da dívida pública junto ao Banco Central.

Todos os dados oficiais, portanto, desmentem o discurso do governador na mensagem de fim de ano.

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