No dólar

Flávio Dino vai contratar novo empréstimo de cerca de R$ 140 milhões

Com o novo empréstimo que deve contraído pelo chefe do Poder Executivo, chega a mais de R$ 1 bilhão o montante arrecado em operação de crédito pelo comunista em 4 anos de gestão

Ronaldo Rocha da editoria de Política

Atualizada em 11/10/2022 às 12h27
Dino já contraiu mais de R$ 1 bi em empréstimos nos últimos 4 anos
Dino já contraiu mais de R$ 1 bi em empréstimos nos últimos 4 anos (Dinheiro)

O Senado da República autorizou, na última quarta-feira, 19, o estado do Maranhão a tomar empréstimo de instituição financeira, no valor de até US$ 35 milhões, o equivalente a R$ 140 milhões.
Com a nova operação de crédito, que já havia sido autorizada pela bancada governista da Assembleia Legislativa desde o ano passado, chega à soma de mais de R$ 1 bilhão o montante arrecadado por meio de empréstimos nos 4 anos da gestão comunista.
O novo empréstimo, segundo minuta de projeto apresentada ao Senado, deve ser usado para melhorar o programa de gestão financeira do Estado, o Profisco II.
A liberação do dinheiro será gradativa ao longo de 5 anos e o Maranhão terá 66 meses para começar a pagar as parcelas, ou seja, já depois de encerrado o segundo mandato de Flávio Dino (PCdoB).

Empréstimos
Além da nova operação de crédito, Flávio Dino já havia conseguido a autorização do Poder Legislativo para outros financiamentos.
O primeiro deles foi autorizado em abril de 2016: R$ 55,2 milhões da Caixa Econômica Federal para obras em São Luís. Meses depois, em julho, novo pedido de autorização: R$ 400 milhões da Corporação Andina de Fomento (CAF), o Banco de Desenvolvimento da América Latina.
Em novembro do mesmo ano, foi autorizado um empréstimo de R$ 444 milhões à Caixa Econômica Federal (CEF).
Em dezembro de 2016, a Assembleia Legislativa aprovou projeto de lei autorizando o Governo a tomar um empréstimo de R$ 55 milhões do Banco do Brasil para compra de motoniveladoras.

Obscura
Outra operação autorizada pelo legislativo na gestão Flávio Dino foi para um empréstimo junto ao Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola (FIDA).
A transação estava avaliada 14,3 milhões de Direitos Especiais de Saque. Foi autorizada pelos deputados estaduais governistas em outubro de 2016, mas nunca devidamente explicada pelo governo aos parlamentares de oposição.
Soube-se apenas que os tais “Direitos Especiais de Saque” são um indexador do Fundo Monetário Internacional (FMI) baseado em cinco moedas internacionais. Mas nunca foram dadas informações sobre os valores a serem pagos em real. Mesmo autorizado a tal, o Executivo acabou não contraindo o empréstimo.

Reclamou

Apesar de o Governo do Estado ter conseguido junto ao Poder Legislativo a autorização para um novo empréstimo cotado em dólar, o governador Flávio Dino (PCdoB) chegou a criticar a ex-governadora Roseana Sarney (MDB), há alguns meses, por ter feito esse tipo de operação de crédito com a moeda dos EUA. “Dólar a 3,91 impacta fortemente quem tem dívida nesta moeda. Infelizmente, é o caso do Maranhão, em face de uma operação errada que fizeram no passado. E estamos pagando no nosso governo. Próxima parcela será dia 20 de janeiro, de aproximadamente R$ 180 milhões”, reclamou o governador.

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