Acusação

EUA indiciam hackers que atuam para agência de espionagem chinesa

Os alvos de invasão incluíram a Marinha dos EUA, a Administração Nacional de Aeronáutica e a Nasa. Autoridades americanas disseram que hackers trabalharam em associação com o ministério chinês de segurança do Estado

Atualizada em 11/10/2022 às 12h27
Donald Trump cumprimenta presidente da China Xi Jinping durante evento
Donald Trump cumprimenta presidente da China Xi Jinping durante evento (AP)

ESTADOS UNIDOS - Os promotores norte-americanos divulgaram ontem (20) uma acusação contra dois chineses por ataques hackers em uma ampla gama de agências e corporações do governo dos EUA, incluindo a Marinha e a agência espacial Nasa, segundo um processo judicial.

Os dois, identificados como Zhu Hua e Zhang Jianguo, trabalharam na China para invadir computadores e roubar propriedade intelectual e dados comerciais e tecnológicos confidenciais, de acordo com uma acusação. Autoridades dos EUA disseram que os dois trabalharam em associação com o ministério chinês de segurança do Estado.

Os alvos de invasão incluíram a Marinha dos EUA, a Administração Nacional de Aeronáutica e Espaço e empresas envolvidas com tecnologia de aviação, espaço e satélite, disse a acusação.

Além dos Estados Unidos, mais de 12 países aliados emitirão um comunicado conjunto de condenação contra a ciberespionagem industrial da China, informou hoje o jornal americano "The Washington Post".

O comunicado fará referência aos supostos esforços constantes de Pequim de espionar outros países e indústrias estrangeiras em matéria comercial, especialmente no âmbito tecnológico, de forma irregular, segundo fontes "ocidentais" citadas pelo jornal americano.

Supostas campanhas

De acordo com essa informação, entre os países signatários deste comunicado conjunto estão Reino Unido, Austrália, Canadá, Japão e Alemanha, territórios que foram alvo de supostas campanhas de espionagem da China, que teria utilizado hackers contra empresas de segurança cibernética e de tecnologia.

Segundo a publicação americana, o movimento dos EUA é uma resposta ao suposto descumprimento de uma promessa que a China fez em 2015, quando se comprometeu a conter seus ataques eletrônicos destinados a obter benefícios econômicos diante da ameaça de Washington de impor sanções por roubo de segredos comerciais.

As ações chegam em um momento crítico nas relações com a China, com quem os EUA estão imersos em uma guerra comercial desde julho.

No dia 1º de dezembro, o presidente da China Xi Jinping e o americano Donald Trump mostraram em Buenos Aires seu lado mais amistoso e estabeleceram uma trégua na guerra comercial à espera de novas negociações.

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