Rodovias na França

''Coletes amarelos'' colocam fogo em pedágios e causam caos

Manifestantes voltaram às ruas do país ontem contra o governo Macron; protestos foram realizados em cerca de 40 locais

Atualizada em 11/10/2022 às 12h27
Movimento dos coletes amarelos em Biarritz, na França; atos são contra o governo
Movimento dos coletes amarelos em Biarritz, na França; atos são contra o governo (AP)

FRANÇA - Em mais um dia de protestos dos coletes amarelos, houve caos em rodovias da França ontem (18). Há relatos de manifestantes que colocaram fogo em cabines de pedágio do país.

A maior operadora de pedágios rodoviários da França, Vinci Autoroutes, disse que manifestações foram realizadas em cerca de 40 locais de sua rede e que diversos deles foram fortemente danificados, principalmente no sul do país.

O pedágio Bandol, ao leste de Marselha, sofreu danos causados pelo fogo durante a noite e a estrada A50 foi fechada, disse a Vinci, cuja rede está localizada principalmente no sul e oeste do país.

"Motoristas devem tomar o máximo de cuidado à medida que se aproximam de pedágios e de rampas de acesso à rodovias devido à presença de numerosos pedestres", disse a Vinci em comunicado.

Um ponto de preocupação das autoridades francesas é o número de pessoas mortas desde o início dos protestos – todas em acidentes nos bloqueios nas estradas. São oito, no total.

Só na sexta-feira, duas pessoas morreram em dois acidentes diferentes. Em um deles, na fronteira com a Bélgica, um motorista morreu a bater o carro contra um caminhão que estava bloqueado na estrada. No outro, uma mulher se envolveu em uma batida após dirigir pela contra-mão para escapar de um bloqueio.

Neste sábado, a cidade de Avignon, no sul do país, organizou uma marcha em memória de um "colete amarelo" que morreu atropelado em uma rotatória na quarta-feira à noite.

Coletes amarelos

Os manifestantes "coletes amarelos" – cujo nome se refere aos coletes florescentes que os motoristas franceses precisam ter em seus carros – têm bloqueado estradas e rotatórias pela França desde meados de novembro.

As manifestações começaram como um protesto contra o aumento de impostos sobre os combustíveis. Porém, desde então, o movimento em um protesto mais amplo às políticas do presidente francês, Emmanuel Macron.

No sábado passado, 66 mil pessoas tomaram as ruas na França. O número é menor do que o visto em semanas anteriores, sobretudo após o atentado em Estrasburgo ocorrido em 11 de dezembro.

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